O acordo de Julian Assange com os EUA
Imprensa americana reportou que Assange concordou em firmar um acordo com a Justiça americana que pode liberá-lo de sentença de prisão
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aceitou firmar um acordo com a Justiça dos Estados Unidos que poderá liberá-lo da sentença de prisão quando vier a ser julgado em território americano.
A informação repercutiu em diversos veículos da imprensa americana na noite desta segunda-feira, 24 de junho, e se baseia em documentos judiciais.
Segundo o acordo, que já era ventilado pelo governo Biden, Assange irá se declarar culpado de todas as 18 acusações que enfrenta por crimes relacionados à obtenção, recebimento e revelação ilegal de informações confidenciais.
O Departamento de Justiça americano, em sua função de Ministério Público, pedirá uma pena de 62 meses de regime fechado.
A pena deverá ser considerada como cumprida pelo fato de Assange ter passado exatos 62 meses em uma prisão de segurança máxima em Londres, no Reino Unido, desde que foi expulso de seu asilo na Embaixada do Equador, em 2019.
Assim, Assange poderá voltar livre ao seu país natal, Austrália.
A pena máxima pelos crimes, que não era esperada para este caso, é de 175 anos de prisão.
O acordo entre Assange e o governo americano ainda deverá ser aprovado por um juiz federal.
O hacker está na mira do governo americano desde 2010, quando sua plataforma Wikileaks publicou uma série de documentos confidenciais da inteligência americana, como telegramas, imagens e vídeos de ações militares do país.
A fonte dos dados foi Chelsea Manning (nascida Bradley Manning), uma militar que atuava na inteligência americana.
Em 2012, temendo ser deportado para a Suécia por causa de uma alegação de estupro, Assange buscou refúgio na Embaixada do Equador em Londres, onde ficou por quase sete anos — até que o governo de Quito se cansou e revogou o asilo político. Uma vez de volta à calçada em Londres, foi preso e levado pelas autoridades britânicas.
Desde 2022, o governo britânico aceitou que, em vez da Suécia, seu destino final poderia ser os Estados Unidos.
Lula se intrometeu no caso Assange?
Parlamentares europeus e australianos tentaram a todo custo a liberação de Assange. Até Lula, claro, se intrometeu a questão: durante a transição presidencial, ele se encontrou com editores do Wikileaks e cobrou a libertação do australiano. Ele chegou inclusive a levar o tema ao seu discurso de 2023 na Organização das Nações Unidas (ONU).
Como já dissemos anteriormente, Assange não é jornalista. Não escolhe quais informações irá publicar, não cultiva fontes, não edita para que suas descobertas fiquem mais interessante ou claras para o leitor ou telespectador. Ele apenas jogava em seu site, o Wikileaks, milhares de dados que tinham sido ilegalmente obtidos, sem considerar as consequências dos vazamentos ou a melhor forma de apresentá-los. Em vez de chamá-lo de jornalista, Lula deveria chamá-lo pelo que ele é de fato: um hacker.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)