Número 2 de Maduro confirma sequestro de ex-presidenciável
Em seu programa de TV, Diosdado Cabello também confirmou a detenção arbitrária de Rafael Tudares, genro de Edmundo González
O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello (foto), número 2 de Nicolás Maduro, confirmou na quarta-feira, 8, o sequestro e prisão arbitrária de Enrique Márquez, candidato à presidência venezuelana em 2024.
Em seu programa semanal de TV, Con El Mazo Dando, Cabello também confirmou a prisão de Rafael Tudares, genro do presidente eleito da Venezuela, Edmundo González.
O ministro de Maduro alegou que ambos são ligados a um suposto agente do FBI detido, acusado de planejar um golpe de Estado contra Maduro.
O plano contra a ditadura de Maduro
Com base em um suposto documento de 21 páginas encontrado no computador de Márquez, Cabello afirmou que havia uma conspiração para celebrar a posse de Edmundo González em uma embaixada da Venezuela no estrangeiro.
“Como o senhor não pode vir aqui, ou não quer vir aqui, cinco criminosos vão se reunir na sede de uma embaixada estrangeira”, disse Cabello, indicando que a sede diplomática poderia ser nos EUA ou no Peru.
A proposta, continuou o ministro de Maduro, consistia em “juramentar perante uma assembleia de cidadãos venezuelanos” Edmundo González como presidente para o período 2025-2031.
Sobrou até para Gustavo Petro
Cabello também enviou um recado ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que condenou publicamente a prisão de Enrique Márquez.
“O responsável por isso se chama Enrique Márquez, parte do golpe de Estado que querem realizar na Venezuela. Aqui não tem anjos e muito menos nos adversários, para quem está defendendo, ouviu, [Gustavo] Petro? Defenda-o. Ele pode ser seu amigo, mas é um criminoso.”
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Recompensa por González
Diante da promessa de González de retornar à Venezuela para a posse, a ditadura de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares, cerca de 620 mil reais, aos cidadãos que tiverem informações sobre o opositor.
Nas redes sociais, a polícia venezuelana publicou um cartaz com a foto de González com o escrito: “Procurado”.
Reconhecido pelos EUA e por outros países como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse.
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