Nomeados por Trump recebem ordem para deixar redes sociais
Estratégia busca evitar polêmicas antes das sabatinas pelo Senado
A equipe do presidente eleito Donald Trump emitiu uma diretriz rigorosa para que os indicados ao primeiro escalão interrompam todas as atividades nas redes sociais até a conclusão das sabatinas de confirmação no Senado, previstas para janeiro.
O memorando, assinado por Susie Wiles, futura chefe de gabinete e ex-gerente de campanha de Trump, foi divulgado no dia 29 de dezembro e enfatiza a necessidade de evitar postagens públicas sem a aprovação prévia do conselheiro da Casa Branca.
“Embora essa instrução já tenha sido transmitida anteriormente, reitero que nenhum membro da administração ou da Transição fala pelos Estados Unidos ou pelo próprio presidente eleito”, escreveu Wiles, reforçando que a medida visa preservar a integridade do processo e evitar mal-entendidos.
Entre os indicados mais relevantes, estão figuras como Robert F. Kennedy Jr., designado para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, e Tulsi Gabbard, que deverá liderar o Escritório de Inteligência Nacional. Ambos mantiveram o perfil discreto nas redes sociais desde o Natal, em conformidade com a nova orientação.
O silêncio nas plataformas digitais é particularmente estratégico para os indicados que enfrentarão questionamentos mais rigorosos por parte do Senado. A medida reflete uma tentativa de minimizar polêmicas e concentrar esforços na aprovação dos nomes indicados.
As sabatinas de confirmação, que começam em janeiro, são um passo fundamental para a composição do gabinete presidencial. Segundo o artigo II, seção 2 da Constituição dos Estados Unidos, as nomeações devem ser aprovadas pelo Senado após análise criteriosa. Um dos principais indicados, Pete Hegseth, cotado para o cargo de Secretário de Defesa, terá sua audiência em 14 de janeiro, apenas seis dias antes da posse de Trump.
Esta abordagem demonstra o esforço da equipe de transição para controlar a narrativa e evitar controvérsias desnecessárias que possam comprometer o início do mandato do presidente eleito. A estratégia também destaca a importância de uma comunicação centralizada e coordenada durante um momento politicamente sensível.
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