O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu início ao encontro da Comunidade Política Europeia, no Palácio de Blenheim, na quinta-feira, 18 de julho, com um discurso emocionado no qual fez referências veladas, mas repetidas, às recentes tentativas de Orbán de se aproximar de Moscou.

Zelensky discursava numa sala repleta de líderes europeus e ministros da defesa, reunidos em Oxfordshire, em um momento crucial para a guerra na Ucrânia.

Ele disse na sessão: “Mantivemos a unidade na Europa agindo em conjunto, o que significa que Putin falhou nos seus objetivos principais. Esta é a nossa vantagem, mas continua a ser uma vantagem apenas enquanto estivermos unidos”.

Referindo-se a Putin, ele disse: “Ele pode tentar aproximar-se de vocês, ou ir até alguns de seus parceiros individualmente, tentando seduzi-los ou pressioná-los a chantageá-los para que um de vocês traia os outros. Mantenhamos nossa unidade.”

Numa aparente referência à recente visita de Orbán para se encontrar com Putin em Moscou, acrescentou:

“Se alguém na Europa tentar resolver problemas pelas nossas costas, ou mesmo à custa de outra pessoa, se alguém quiser fazer algumas viagens à capital da guerra para conversar – e talvez prometer algo contra os nossos interesses comuns ou à custa da Ucrânia ou de outros países – então por que deveríamos considerar tal pessoa?

A UE pode resolver todos os seus problemas sem este indivíduo”, concluiu Zelenski.

Rússia considera implantar mísseis com ogivas nucleares

A Rússia não descarta a possibilidade de estacionar mais mísseis nucleares e fala de uma reação ao recentemente anunciado estacionamento dos Tomahawks na Alemanha. Os novos sistemas teriam um alcance significativamente maior do que os atuais sistemas terrestres na Europa.

O foco principal está na defesa do enclave russo de Kaliningrado, disse na quinta-feira, 18 de julho, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, segundo a agência de notícias Interfax.

“Não estou descartando nenhuma opção”, enfatizou Ryabkov quando questionado sobre a reação russa. A Rússia selecionará a mais eficaz entre uma vasta gama de opções – também do ponto de vista dos custos.

Crianças ucranianas cuidadas na Alemanha

Oito crianças da clínica infantil Ochmadyt, em Kiev, que foi destruída por um ataque russo, foram internadas na Alemanha.

O Ministério Federal do Interior e o Ministério Federal da Saúde da Alemanha anunciaram na quinta-feira, 18 de julho, que as crianças gravemente doentes com idades entre alguns meses e 15 anos receberão tratamento adicional em hospitais alemães.

Na maioria dos casos trata-se de crianças com câncer que tiveram seu tratamento interrompido após a destruição da clínica ucraniana. As crianças serão acompanhadas à Alemanha por parentes próximos.

“Esta ajuda é uma exigência da humanidade”, enfatizou a ministra federal do Interior, Nancy Faeser, e agradeceu aos hospitais alemães pelo seu trabalho.

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