Ninguém mais vai cozinhar em 10 anos, de acordo com o Ifood
Descubra como o iFood, grande plataforma de entregas brasileira, está investindo milhões em educação para seus entregadores, contribuindo para um aumento expressivo na base de clientes.
O CEO do iFood, Fabrício Bloisi, liderou uma intensa campanha publicitária durante o carnaval em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro para reforçar a origem brasileira da plataforma de entregas. A companhia tornou-se um dos principais temas do evento, sendo mencionada por ícones da música brasileira como Ivete Sangalo e Daniela Mercury.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o executivo destacou que, além dos patrocínios, a plataforma investe milhões por ano com o objetivo de garantir que todos os 320 mil entregadores tenham, pelo menos, ensino básico.
O desafio de tornar o iFood cada vez mais popular
Bloisi acredita que, em um futuro próximo, a maioria das pessoas não realizará mais o preparo da própria comida em casa. O desafio é tornar o iFood cada vez mais popular, incluindo restaurantes com comida boa e acessível para todas as classes sociais.
Na entrevista, ele também revelou que, embora o investimento publicitário tenha crescido 10% em comparação ao ano anterior, este não foi o maior gasto de publicidade de carnaval da história da empresa. Ele frisou que a campanha foi cuidadosamente planejada e bem executada.
Os resultados da campanha
Segundo o CEO, a iniciativa gerou resultados expressivos: a base de clientes da empresa aumentou de 45 milhões para 60 milhões e o volume de pedidos mensais saltou de 38 milhões para 88 milhões.
Além disso, Bloisi afirma que a empresa está investindo R$ 50 milhões por ano em ações sociais. Ele explica que o iFood busca incentivar a educação, possibilitando que todos os entregadores da plataforma tenham ensino médio completo.
Compromisso com a educação e a evolução dos entregadores
Segundo o executivo, o iFood tem o objetivo de influenciar positivamente a vida dos entregadores. “A gente quer ter um impacto gigante. Estender isso para o restante da cadeia, garçons, restaurantes. Todo mundo tem que ter o segundo grau e, depois, cursos remotos“, ele explica.
O objetivo da empresa é que, quando um entregador deixar a plataforma, seja porque encontrou uma oportunidade melhor.
Nota de esclarecimento
A assessoria de imprensa do iFood, após a publicação desta matéria, enviou a O Antagonista a seguinte nota, assinada por Fabricio Bloisi:
“Em relação à matéria intitulada ‘Em dez anos, ninguém vai mais cozinhar, diz presidente do iFood’, publicada pela Folha de S.Paulo em 18 de fevereiro de 2024, gostaria de esclarecer que não acredito que ninguém mais vai cozinhar em dez anos.
Existe uma tendência de as pessoas fazerem menos comida em casa e pedirem mais comida feita fora. No Brasil, a penetração do delivery aumentou de 80% em 2020 para 89% em 2022, segundo a consultoria Kantar. Essa mudança de comportamento já aparece na lista dos mais pedidos do iFood.
Em 2023, as marmitas foram as mais pedidas no aplicativo. Mesmo com a popularização do delivery, não acreditamos que as pessoas deixarão de cozinhar. Esclarecemos isso, pois o título da matéria pode transmitir uma interpretação equivocada. Apesar da questão envolvendo o título, o corpo da matéria reflete perfeitamente o que penso.”
Fabricio Bloisi
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