Nicolás Maduro cancela participação na Cúpula da Amazônia
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), cancelou sua participação na Cúpula da Amazônia, que acontece em...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), cancelou sua participação na Cúpula da Amazônia, que acontece em Belém a partir desta terça-feira (8).
O motivo oficial para a ausência é uma infecção nos ouvidos.
Esta seria a segunda visita oficial de Maduro ao Brasil desde a posse de Lula.
A última passagem, em abril, foi marcada por gafes do presidente brasileiro relativizando os direitos humanos e a democracia, assim como por um episódio de agressão física a uma jornalista por seguranças do GSI e da ditadura venezuelana.
Antes disso, Maduro não pisava no Brasil desde o governo Dilma.
A Venezuela será representada pela número 2 do regime, Delcy Rodríguez, que já está na capital paraense.
A Cúpula da Amazônia reúne os oito países com território na Amazônia. Eles integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Além de Brasil e Venezuela, compõem o grupo a Bolívia, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Peru e o Suriname.
Apenas o Equador e o Suriname não enviaram os seus chefes de Estado. Ambos justificaram as ausências por problemas internos, mas enviaram representantes.
Países da Europa também participarão da cúpula. Dentre os europeus com representantes, estão a Noruega e a Alemanha, maiores doadores do Fundo Amazônia.
A França chegou a ser convidada, visto que tem território na Amazônia — a Guiana Francesa é subordinada a Paris.
Entretanto, o presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitou o convite e ainda não sinalizou envio de qualquer representante.
A organização da cúpula também convidou países com outras florestas tropicais, como a Indonésia e a República do Congo, cujo presidente, Denis Sassou Nguesso, confirmou presença.
O evento trouxe a Amazônia de volta ao foco do debate político nos últimos dias.
Lula defendeu ontem, segunda-feira (7), durante discurso na cidade de Santarém, no Pará, que a Amazônia não tem que ser preservada como “um santuário”, e mas para gerar dinheiro para os habitantes locais.
“A Amazônia não é só a copa das árvores. Lá moram milhões de amazônidas que querem viver bem, trabalhar, comer, ter aquilo que produz, além de querer preservar, não como santuário, mas fonte de aprendizado da ciência do mundo inteiro para que a gente possa encontrar um jeito de preservar ganhando dinheiro”, disse o petista.
Nos bastidores, a AGU está finalizando um parecer para liberar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, publicou O Globo nesta terça.
O presidente defende o projeto. “Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque fica a 530 km de distância da Amazônia”, disse Lula em maio.
A matéria é motivo de embate entre os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), responsável pela Petrobras.
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