Netanyahu dissolve gabinete de guerra após saída de Benny Gantz
"O gabinete estava no acordo de coalizão a pedido de Gantz. Assim que ele saiu, não há mais necessidade de um gabinete", explicou
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a dissolução do gabinete de guerra após a saída de Benny Gantz, líder do partido Unidade Nacional, nesta segunda-feira, 17. Netanyahu afirmou que não há necessidade de formar um novo gabinete.
Em uma reunião realizada no domingo, Benjamin Netanyahu comunicou ao gabinete político e de segurança a decisão de dissolver o gabinete de guerra, uma coalizão previamente acordada com Benny Gantz. “O gabinete estava no acordo de coalizão a pedido de Gantz. Assim que ele saiu, não há mais necessidade de um gabinete”, explicou Netanyahu.
A proposta de formar um novo gabinete com os líderes dos partidos da coalizão, sugerida pelos ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, foi descartada por Netanyahu. “Não haverá novo gabinete”, declarou o primeiro-ministro.
Benny Gantz, ex-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel e ministro da Defesa, era uma figura chave na coalizão governamental formada em meio ao conflito contínuo com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A dissolução do gabinete de guerra ocorre em um momento de intensas tensões políticas e militares no país.
Na reunião de domingo, Netanyahu destacou que, para alcançar o objetivo de eliminar as capacidades do Hamas, tomou decisões que nem sempre foram bem aceitas pelo alto escalão militar. “Temos um país com um exército, não um exército com um país”, afirmou Netanyahu, referindo-se à necessidade de decisões difíceis para garantir a segurança nacional.
Repercussões
A decisão de dissolver o gabinete de guerra sem formar um novo grupo de liderança foi recebida com preocupação por alguns setores da política israelense, que veem a ação como um enfraquecimento da estratégia unificada de segurança nacional.
Analistas sugerem que esta medida pode ser vista como uma tentativa de Netanyahu de consolidar poder e controlar mais de perto as decisões militares e de segurança.
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