Netanyahu agradece conselho, mas tomará sua própria decisão
"Agradeço aos nossos amigos pelo seu apoio na defesa de Israel e por todos os seus conselhos. Mas quero ser claro: nós próprios tomaremos as nossas decisões. O Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender", disse Netanyahu.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e do Reino Unido, dois dos principais apoiadores globais de Israel, visitaram o país para tentar evitar uma escalada após o ataque iraniano.
Nesta quarta-feira, 17 de abril, Annalena Baerbock e David Cameron reuniram-se separadamente com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog. Netanyahu, porém, declarou que a decisão do seu país sobre a resposta que dará ao ataque iraniano do último fim de semana será tomada sem a interferência de terceiros:
“Agradeço aos nossos amigos pelo seu apoio na defesa de Israel e por todos os seus conselhos. Mas quero ser claro: nós próprios tomaremos as nossas decisões. O Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender“, disse Netanyahu.
“Também tive uma conversa telefônica ontem à noite com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak e falarei com outros líderes em breve”, disse Netanyahu.
As declarações ocorrem em meio à pressão internacional para que Israel modere ou descarte uma possível resposta militar.
David Cameron tinha declarado à BBC, mais cedo, antes da sua chegada a Israel, considerar evidente que os israelenses iriam responder ao ataque iraniano, sublinhando apenas que o seu Governo espera “que o façam de uma forma que, na medida do possível, não contribua para agravar a situação”.
Annalena Baerbock, por sua vez, sustentou que uma escalada na região “não servirá a ninguém, nem à segurança de Israel, nem às várias dezenas de reféns ainda nas mãos do Hamas, nem à população de Gaza, nem às muitas pessoas no Irã que sofrem a opressão do regime nem aos países da região que só querem viver em paz.“
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, alertou que a “menor invasão” por Israel traria uma “resposta massiva e severa” do Irã.
À medida que a troca de ameaças entre os dois países continua, os apelos a novas sanções contra o Irã pelos seus ataques a Israel e a mais ajuda à Ucrânia para combater a guerra da Rússia estão no topo da agenda dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, reunidos desde esta quarta-feira, 17, na ilha turística italiana de Capri.
Espera-se que os membros do G-7 façam um apelo conjunto a Israel para que mostre moderação após o ataque sem precedentes do Irã com centenas de drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.
O ataque foi em grande parte repelido graças à ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido, da vizinha Jordânia e de outros aliados.
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