Netanyahu adia operação em Rafah
Decisão ocorre após forte oposição dos EUA e aumento do estado de alerta militar israelense
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu adiar a operação militar planejada na cidade de Rafah, em Gaza, conforme reportado pela TV israelense Kan 11 News. A decisão de postergar a ação ocorre uma semana após Netanyahu ter anunciado que uma data havia sido definida para a operação.
As Forças de Defesa de Israel convocaram mais duas brigadas de reservistas para atividades operacionais em Gaza. “A convocação permitirá o esforço contínuo e a prontidão para defender o estado de Israel e a segurança dos civis”, afirmou a Unidade de Porta-Vozes das FDI.
A administração Biden expressou repetidamente sua oposição a uma operação israelense em Rafah. O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, reiterou essa posição durante uma recente visita a Israel, declarando que, embora compartilhe dos objetivos de Israel em derrotar o Hamas e garantir a segurança de longo prazo do país, uma grande operação militar em Rafah não seria o caminho adequado.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, também destacou que uma ofensiva terrestre seria um “erro” e “um desastre”. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em entrevista à ABC News no final de março, não descartou “consequências” caso Israel prosseguisse com a operação militar em Rafah.
A mudança de planos de Netanyahu se alinha com um cenário de crescente pressão internacional e a necessidade de recalibrar estratégias frente às complexidades regionais e aos apelos diplomáticos.
Hamas oferece libertar apenas 20 dos 133 reféns
O Hamas propôs a libertação de apenas 20 reféns, um número bem abaixo do esperado por Israel, conforme informações de um oficial israelense ao Israel National News.
A redução levanta suspeitas de que muitos reféns já não estejam vivos, considerando especialmente mulheres, idosos e doentes graves. O grupo exige em troca a libertação de terroristas detidos em Israel e garantias de cessar-fogo, com Yahya Sinwar, líder do Hamas, aparentemente esperando aumentar a pressão internacional sobre Israel.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que o Hamas é agora um obstáculo para a paz, apesar das concessões de Israel que beneficiariam civis em Gaza.
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