“Nenhum ataque foi realizado por Israel contra o comboio”, concluem FDI
O Exército israelense confirmou que civis foram pisoteados até a morte e feridos durante avanço sobre os caminhões de ajuda humanitária
Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari divulgou um vídeo neste domingo, 3, em que fala sobre a revisão do episódio do cerco a um comboio de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza e dos esforços das FDI para levar alimentos, água, medicamentos e abrigos a civis palestinos na região.
Culpando o Hamas pelos sofrimentos de ambos os lados, o contra-almirante confirmou que civis foram pisoteados até a morte e feridos durante o avanço sobre os caminhões, afirmando que a maioria morreu como resultado da debandada.
Na mesma linha do porta-voz das FDI nascido no Brasil e ouvido inicialmente por O Antagonista, Rafael Rozenszajn, Hagari confirmou também a resposta pontual de soldados israelenses a “vários indivíduos” que avançaram sobre as forças mesmo após tiros de advertência, alegando que eles passaram a representar uma ameaça imediata.
O porta-voz anunciou abertura de inquérito em órgão independente e compartilhamento das atualizações por questões de transparência.
O Antagonista traduz a mensagem de vídeo:
“Nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, 29, as Forças de Defesa de Israel facilitaram uma operação humanitária para ajudar a levar ajuda aos civis no norte de Gaza.
Esta foi a quarta noite consecutiva em que facilitamos uma operação deste tipo – porque queremos que a ajuda humanitária chegue aos civis necessitados de Gaza.
Nossa guerra não é contra o povo de Gaza. Nossa guerra é contra o Hamas.
Foi o Hamas que iniciou esta guerra em 7 de outubro. Foi o Hamas que causou imenso sofrimento aos civis de ambos os lados da fronteira.
As FDI concluíram uma revisão inicial do infeliz incidente em que civis de Gaza foram pisoteados até a morte e feridos enquanto avançavam sobre o comboio de ajuda.
A nossa análise inicial confirmou que nenhum ataque foi realizado pelas FDI contra o comboio de ajuda.
A maioria dos palestinos foram mortos ou feridos como resultado da debandada.
A partir das informações que recolhemos dos comandantes e das forças no terreno, a nossa revisão inicial indicou que, após os tiros de advertência disparados para dispersar a debandada, e depois das nossas forças terem começado a recuar, vários saqueadores aproximaram-se das nossas forças e representaram uma ameaça imediata para elas. De acordo com a revisão inicial, os soldados responderam a vários indivíduos.
Como militares profissionais comprometidos com o direito internacional, estamos empenhados em examinar minuciosamente as nossas operações.
Abrimos um inquérito para examinar mais aprofundadamente o incidente, o que nos ajudará a reduzir o risco de um incidente tão trágico ocorrer novamente durante uma das nossas operações humanitárias.
O incidente será examinado no Mecanismo de Apuração e Avaliação de Fatos: um órgão independente, profissional e especializado.
Por uma questão de transparência, compartilharemos atualizações à medida que nosso exame se desenvolver, esperançosamente nos próximos dias.
Quero deixar algo claro: a nossa guerra é contra o Hamas, não contra o povo de Gaza.
É por isso que facilitamos a ajuda; criação de corredores humanitários; estabelecimento de pausas humanitárias unilaterais; e exercer cautela no uso da força.
Israel e a comunidade internacional estão trabalhando em conjunto para permitir a entrada e distribuição de ajuda humanitária aos residentes de Gaza.”
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