Navio russo com propulsão nuclear atracará em Cuba
Quatro navios russos, incluindo um submarino com propulsão nuclear, chegarão a Havana na próxima semana, disseram autoridades cubanas
Quatro navios russos, incluindo um submarino com propulsão nuclear, chegarão a Havana na próxima semana, disseram autoridades cubanas. A fragata russa Gorshkov, o submarino nuclear Kazan, o petroleiro da frota Pashin e o rebocador de resgate Nikolai Chikera atracarão na capital cubana entre 12 e 17 de junho
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba que os navios não têm armas nucleares e garantiu que a sua presença “não representa uma ameaça para a região”.
“Esta visita corresponde às históricas relações amistosas entre Cuba e a Federação Russa e segue estritamente as regulamentações internacionais”, afirmou o ministério em comunicado.
“As visitas de unidades navais de outros países são uma prática histórica do governo revolucionário com nações que mantêm relações de amizade e colaboração”, acrescenta a nota oficial.
Moscou não confirmou as informações fornecidas por Cuba
Não é a primeira vez que navios da Marinha Russa são enviados para Cuba, um aliado fundamental da antiga União Soviética durante a Guerra Fria, que hospedou brevemente mísseis nucleares a pedido de Moscou durante a crise dos mísseis cubanos de 1962.
Em julho passado, o navio de treinamento da Marinha Russa, Perekop, navegou por Havana durante quatro dias.
O ditador cubano Miguel Diaz-Canel esteve recentemente em Moscou para participar das celebrações do desfile do 79º aniversário do dia da Vitória contra o fascismo na Praça Vermelha, junto aos líderes da Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turquemenistão, Laos e Guiné Bissau.
Putin já ameaçou armar aliados
A chegada incomum do poderoso submarino nuclear Kazan e de três outras embarcações de guerra tão perto dos Estados Unidos ocorre em meio a grandes tensões relacionadas à guerra na Ucrânia
O ditador russo, Vladimir Putin, ameaçou entregar armas a países terceiros que podem prejudicar os interesses ocidentais se o Ocidente permitir que a Ucrânia ataque a Rússia com os seus mísseis de longo alcance.
Putin afirmou que a utilização de certas armas, incluindo a utilização de tecnologia avançada de mísseis, equivaleria à participação na guerra da Rússia com a Ucrânia e sugeriu esta semana que Moscou poderia tomar medidas “assimétricas” se países ocidentais como a Alemanha e os EUA fornecessem à Ucrânia armas para serem utilizadas em solo russo.
“Se alguém considera possível fornecer tais armas na zona de combate para atacar o nosso território por que não deveríamos ter o direito de fornecer as nossas armas do mesmo tipo em regiões do mundo onde há instalações vulneráveis dos países que atuam desta forma contra a Rússia?”, disse Putin em tom de ameaça durante uma entrevista
Os EUA e outros países sublinharam que as armas só podem ser utilizadas em zonas fronteiriças de onde a Rússia lançou uma série de ataques à Ucrânia nas últimas semanas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)