Nauru restabelece laços com a China após romper laços com Taiwan
Com a assinatura de um acordo pelo Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e pelo Ministro das Relações Exteriores e Comércio de Nauru, Lionel Aingimea...
Com a assinatura de um acordo pelo Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e pelo Ministro das Relações Exteriores e Comércio de Nauru, Lionel Aingimea, a China e Nauru reestabeleceram laços diplomáticos na última quarta-feira.
A decisão por parte de Nauru, uma pequena nação insular do Pacífico, em cortar relações com Taiwan, seu ex-aliado, foi descrita pelos Estados Unidos como “infeliz”.
O Pacífico tem se tornado uma região de acirrada competição por influência entre Washington, que tradicionalmente o vê como seu território, e Pequim, que tem mirado aliados diplomáticos de Taiwan na área.
Acordo entre China e Nauru
Durante uma cerimônia em Pequim, Wang Yi e Lionel Aingimea assinaram formalmente um documento para restaurar as relações bilaterais, que retomam imediatamente ao nível de embaixador. Segundo o documento, Nauru reconhece que existe “apenas uma China no mundo”, governada pela República Popular da China, e que Taiwan é uma parte inalienável da China.
Taiwan rejeita a reivindicação de soberania da China e acusou-a de tentar pressionar Taiwan logo após suas recentes eleições presidenciais, com a notícia da mudança de Nauru.
Posição de Nauru
A decisão de romper os laços com Taiwan foi “uma decisão política independente tomada pelo governo de Nauru”, disse Wang aos repórteres após a cerimônia de assinatura. Aingimea afirmou que seu país está ansioso pela nova relação, construída na força, na estratégia de desenvolvimento e na sinergia de políticas.
Por outro lado, o governo de Nauru foi acusado de ser ignorante em relação ao “lure of financial aid” e de ser um retentor da manipulação da China, ignorando a assistência ao desenvolvimento e a amizade fornecida por Taiwan por muitos anos.
A reação dos Estados Unidos e Taiwan
Os Estados Unidos, que apenas reconhece a China, mas é o maior apoiador internacional de Taiwan, disse que a decisão de Nauru foi “infeliz” e “decepcionante”. Além disso, alertou que as promessas de Pequim muitas vezes não são cumpridas.
Taiwan, que rejeita a reivindicação de soberania da China, acusou-a de tentar pressioná-la logo após suas recentes eleições presidenciais, com a notícia da mudança de Nauru.
Os 12 aliados diplomáticos restantes de Taiwan incluem o Vaticano, Guatemala e Paraguai, bem como Palau, Tuvalu e as Ilhas Marshall no Pacífico. Wang ressaltou que ter laços diplomáticos com Taiwan vai contra os interesses dessas nações, infringe na soberania da China e “deve ser corrigido mais cedo ou mais tarde”.
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