Naufrágio do Iate: O que pode explicar o acidente
Uma das possibilidades levantadas e que o barco tenha sido atingido por um tornado sobre a água, causando seu capotamento. Veja o momento em que o barco some na tempestade.
Seis corpos já foram encontrados após o trágico naufrágio de um super iate de luxo do magnata Mike Lynch na costa da Sicília, Itália. O incidente ocorreu na manhã de segunda-feira, 19 de agosto, deixando autoridades e especialistas em busca de respostas sobre o que levou ao afundamento do iate Bayesian.
De acordo com o aplicativo de rastreamento Vesselfinder, o Bayesian deixou o porto de Milazzo em 14 de agosto e foi localizado pela última vez a leste de Palermo na noite de domingo, com um status de navegação de “ancorado”.
Acredita-se que o barco tenha sido atingido por um tornado sobre a água, causando seu capotamento.
Mau tempo foi o principal fator do naufrágio do iate
As autoridades consideram várias teorias sobre o que pode ter causado o desastre. Uma das hipóteses é que o mastro do iate tenha quebrado durante uma tempestade intensa.
Testemunhas descreveram ter visto um tornado se formar antes do afundamento do Bayesian.
O diretor-executivo da fabricante do barco, Giovanni Costantino, discordou da ideia de que o navio desapareceu rapidamente. Ele argumenta que se levaram cerca de seis minutos para o barco afundar após a entrada de água.
Nesse tempo, os passageiros deveriam ter sido levados ao ponto de encontro do navio, conforme os procedimentos de emergência.
Erros cometidos no naufrágio do iate
Costantino destacou que, para evitar o naufrágio, o casco do navio e seu convés deveriam ter sido cobertos, fechando todas as portas e escotilhas a bordo.
Ele afirma que se os motores tivessem sido ligados e a âncora levantada, a proa deveria ser direcionada contra o vento e a quilha baixada, o que poderia ter evitado o desastre.
Tornados no mar afetam a navegação na Itália
Os tornados no mar, conhecidos como trombas d’água, são mais comuns na Itália do que se imagina.
Essas colunas de vento destrutivas são frequentemente subestimadas devido à sua curta duração e dificuldade de detecção por radares meteorológicos.
De acordo com o Centro Internacional de Pesquisa de Trombas D’Água, houve 18 delas na costa italiana somente em 19 de agosto.
Com o aumento da temperatura do mar devido às mudanças climáticas, há preocupações de que esses fenômenos possam se tornar mais frequentes.
Impacto das mudanças climáticas no mediterrâneo
Desde junho de 2024, o mar ao redor da Sicília vem enfrentando uma onda de calor severa.
As temperaturas da superfície do mar ultrapassaram os 30°C, quatro graus acima da média dos últimos 20 anos.
Pesquisadores confirmaram que o recorde de temperatura do mar foi quebrado no Mediterrâneo.
Cientistas atribuem essas mudanças dramáticas às alterações climáticas, com os oceanos absorvendo 90% do excesso de calor.
Sam Jefferson, editor da revista Sailing Today, sugere que o calor pode ter levado os ocupantes do Bayesian a abrir portas e escotilhas para permitir que o ar fluísse melhor durante a noite, contribuindo para o rápido afundamento do iate quando ele foi atingido pela forte rajada de vento.
As autoridades continuam as investigações para determinar com precisão o que causou o naufrágio.
Entretanto, o incidente serve como um sombrio lembrete dos perigos do mar e da importância de estar preparado para emergências, especialmente em condições climáticas imprevisíveis.
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