“Não brinquem com fogo”, diz González após sequestro de María Corina
Presidente eleito da Venezuela manda recado a agentes da ditadura de Nicolás Maduro, que interceptaram a líder oposicionista
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, enviou um recado às forças de segurança do ditador Nicolás Maduro, após o sequestro da líder oposicionista María Corina Machado:
“Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que a sequestraram, vos digo: Não brinquem com fogo“, afirmou no X.
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Sequestro
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi derrubada de uma moto ao sair de uma manifestação do bairro de Chacao, em Caracas, e levada presa pela ditadura de Nicolás Maduro nesta quinta-feira, 9.
Agentes do regime atiraram contra as motos que a levavam.
A equipe de campanha de María Corina, Comando Con Venezuela, denunciou a ação policial:
“María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao. Esperamos confirmar sua situação em minutos. Tropas do regime atiraram contra as motocicletas que a transportavam“, publicou no X.
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María Corina foi levada pela Diretoria Geral de Contrainteligência Militar, a DGCIM, um dos principais órgãos da repressão, conhecido por prender e torturar militares que criticam o regime chavista.
Manifestações
Escondida desde o dia 28 de agosto do ano passado, María Corina reapareceu em atos políticos nas ruas da capital Caracas e no município de Chacao nesta quinta-feira, 9.
As manifestações ocorrem na véspera de mais uma ilegítima posse do ditador Nicolás Maduro.
“Que ninguém tenha dúvida, o que farão amanhã marca o fim do regime“, disse a opositora a milhares de venezuelanos em Cachao.
Reações
O vice-diretor para o continente americano da Human Rights Watch (HRW), Juan Pappier, confirmou o sequestro de María Corina:
“Confirmamos a prisão do líder da oposição venezuelana. A comunidade internacional deve exigir a sua libertação imediata em uníssono ”, afirmou no X.
Da Argentina, o ex-presidente Mauricio Macrí exigiu a libertação:
“María Corina, não vamos te abandonar. Venezuela será livre!”, escreveu em sua conta no X.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu a soltura de María Corina:
“Panamá exige a plena liberdade de María Corina Machado, assim como o respeito por sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável por sua vida!”
Mulino reuniu-se com o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, na quarta-feira, 9. Será no Banco Central do Panamá o local em que a cópia das atas da eleição de 28 de julho ficarão guardadas.
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