Na era dos satélites, faz sentido espionar com um balão?
Os Estados Unidos derrubaram um "balão de observação" chinês que sobrevoava o espaço aéreo americano, na costa da Carolina do Sul, no último sábado (4). Apesar da existência de tecnologias de espionagem avançadas e de métodos de inteligência...
Os Estados Unidos derrubaram um “balão de observação” chinês que sobrevoava o espaço aéreo americano, na costa da Carolina do Sul, no último sábado (4). Apesar da existência de tecnologias de espionagem avançadas e de métodos de inteligência, para o país, a China utilizava o objeto a fim de vigiar locais estratégicos dos EUA. Ou seja, para espionar.
Os chineses alegaram tratar-se de um objeto de uso civil, mas para as autoridades americanas, essa foi uma tentativa de “violação inaceitável” da soberania dos EUA.
O questionamento que fica é porque a China utilizaria um objeto ultrapassado para uma atividade de espionagem, e não satélites de última geração.
Especialistas consultados pela CNN local avaliam que equipamentos de espionagem como balões, ultrapassados e típicos da Guerra Fria, podem voltar à moda. Além de custar menos que instrumentos super tecnológicos, pesam menos e são mais fáceis de utilizar.
Segundo Blake Herzinger, especialista em política de defesa no Indo-Pacífico, apesar de lentos, os balões nem sempre são fáceis de detectar pelas tecnologias de monitoramento tradicionais. Eles ainda podem ser dirigidos por computadores de bordo com proveito do vento para realização dos movimentos.
Para outro especialista consultado, o balão chinês provavelmente estaria coletando informações pelos sistemas de comunicação e radares americanos. “Alguns desses sistemas usam frequências extremamente altas, que são de curto alcance, podem ser absorvidas pela atmosfera (…) É possível que um balão seja uma plataforma de coleta melhor para essa técnica específica do que um satélite”, disse Peter Layton, um ex-oficial da força aérea australiana.
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