Murray vence debate e reforça que antissionismo é antissemitismo Murray vence debate e reforça que antissionismo é antissemitismo
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Murray vence debate e reforça que antissionismo é antissemitismo

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 19.06.2024 09:54 comentários
Cultura

Murray vence debate e reforça que antissionismo é antissemitismo

Promovido pelos Munk Debates, a moção "Antissionismo é antissemitismo" foi vitoriosa na opinião do público

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Murray vence debate e reforça que antissionismo é antissemitismo
Douglas Murray Munk Debate

O Roy Thomson Hall, em Toronto, Canadá, foi palco de um acalorado debate que viralizou nas redes sociais. Promovido pelos Munk Debates, a moção “Antissionismo é antissemitismo” foi vitoriosa na opinião do público. O evento contou com a participação de Douglas Murray e Natasha Hausdorff defendendo a moção, enquanto Gideon Levy e Mehdi Hasan se posicionaram contra.

O debate, ocorrido nesta segunda, 17, foi promovido pelo Munk Debates, uma organização canadense que se dedica a fomentar discussões públicas sobre questões globais importantes. Fundada por Peter e Melanie Munk, ela realiza debates de alto nível em Toronto, Canadá, reunindo especialistas e figuras influentes para discutir temas controversos e relevantes para a sociedade. Os debates são conhecidos por sua qualidade e pela capacidade de atrair uma audiência engajada e interessada em questões políticas, econômicas e sociais.

Antes do início do debate desta segunda, 61% da audiência apoiava a moção. Após as apresentações de Murray e Hausdorff, esse número subiu para 66%, marcando uma vitória decisiva com um aumento de 5% no apoio à sua posição.

Douglas Murray se destacou com suas declarações e argumentos. Ele criticou a falta de protestos globais contra outros conflitos e genocídios, como no Sudão, e argumentou que essa seletividade nas críticas ao Estado de Israel indica antissemitismo. Segundo Murray, defender a abolição do Estado de Israel, sem propor o mesmo para outros países, revela um preconceito antissemita.

Murray usou uma fita amarela na lapela, simbolizando o clamor pela libertação dos reféns israelenses capturados pelo Hamas em Gaza após os ataques de 7 de outubro. Em suas palavras, “Não há lei da guerra que diz que você pode começar uma guerra e depois reclamar quando perde”, ele criticou a ausência de solidariedade global com Israel após esses ataques e a reação imediata de raiva contra o estado israelense.

Gideon Levy e Mehdi Hasan, por outro lado, argumentaram que equiparar antissionismo com antissemitismo silencia críticas legítimas ao governo israelense e suas políticas. Hasan destacou a preocupação crescente com o antissemitismo, mas afirmou que a moção era uma tentativa de manipulação por propagandistas pró-Israel.

O debate, que esgotou todos os ingressos, ocorreu sem incidentes apesar das preocupações com possíveis protestos. A vitória de Murray e Hausdorff reflete uma tendência crescente de apoiar a ideia de que criticar Israel de maneira desproporcional ou com intenções de deslegitimá-lo pode ser considerado uma forma moderna de antissemitismo.

A frase de Douglas Murray, “Não há lei da guerra que diz que você pode começar uma guerra e depois reclamar quando perde”, foi amplamente compartilhada e ilustra o tom assertivo que contribuiu para sua vitória no debate. Murray e Hausdorff conseguiram convencer a maioria da audiência de que antissionismo é, de fato, uma forma de antissemitismo.

O que é antissemitismo?

Segundo a definição prática adotada pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), “o antissemitismo é uma determinada percepção dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra seus bens, instituições comunitárias e instalações religiosas judaicas”.

Para orientar o trabalho da IHRA, a definição inclui exemplos contemporâneos de antissemitismo, como:

  • Justificar o assassinato ou maus tratos de judeus em nome de uma ideologia radical ou visão extremista de religião.
  • Fazer alegações enganosas ou estereotipadas sobre os judeus como conspiradores que controlam a mídia, economia, governo ou outras instituições.
  • Acusar os judeus como povo de serem responsáveis por irregularidades cometidas por qualquer indivíduo judeu.
  • Negar o Holocausto e seus mecanismos, como as câmaras de gás.
  • Acusar cidadãos judeus de serem mais leais a Israel do que aos interesses de suas próprias nações.
  • Negar ao povo judeu o direito à autodeterminação, como afirmar que a existência do Estado de Israel é um empreendimento racista.
  • Aplicar uma dualidade de critérios a Israel, requerendo um comportamento não exigido de outras nações democráticas.

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