Mural de sobreviventes de Auschwitz é vandalizado em Milão
Ato de vandalismo apaga rostos e estrelas de Davi em homenagem a Liliana Segre e Sami Modiano
Um mural que homenageava dois sobreviventes do Holocausto, a senadora italiana Liliana Segre e Sami Modiano, teve os rostos apagados e estrelas de Davi removidas por vândalos em Milão.
A obra, criada em 30 de setembro pelo artista Alexsandro Palombo, é um tributo à memória do Holocausto e visava destacar as ameaças recentes a Segre, que foi alvo de protestos na cidade.
O ato de vandalismo apagou os rostos dos retratados e outros símbolos, como o número de prisioneiro de Modiano. Em resposta, o Museu do Holocausto em Roma denunciou o ato como um ataque à memória, essencial para uma sociedade justa, e seu presidente, Mario Venezia, classificou-o como “vil e demente”.
“Eles podem danificar as paredes, mas a história e seus ensinamentos permanecem intactos”, declarou Venezia.
Atos de Antissemitismo e Repercussão
A política italiana Ester Mieli também condenou o vandalismo, referindo-se ao ato como mais um exemplo de antissemitismo crescente na Europa. “Isso é um antissemitismo assustador contra o qual devemos lutar”, afirmou.
O artista Palombo tem se destacado por murais de forte teor social. Recentemente, uma de suas obras, em homenagem às vítimas israelenses do Hamas, também foi destruída.
Na pintura, que mostrava a jovem sobrevivente do ataque no festival Nova, a figura da “garota de vermelho” foi decapitada por vândalos logo após sua conclusão.
Hamas pode ceder controle político de Gaza para governo de transição
Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, estaria disposto a abrir mão do controle político da região após o fim do conflito atual com Israel, segundo informações de fontes palestinas ao Wall Street Journal.
Em negociações com o grupo rival Fatah, que administra a Cisjordânia, os grupos concordaram em instalar um governo de tecnocratas para liderar a reconstrução de Gaza e coordenar a distribuição de ajuda internacional.
Essa nova administração incluiria quinze integrantes sem vínculo com o Hamas ou o Fatah, refletindo a oposição tanto de Israel quanto dos Estados Unidos a um papel político ou militar do Hamas em um futuro governo da região. Esse governo transitório, que teria apoio de países como Egito e Emirados Árabes Unidos, estaria encarregado de organizar eleições livres quando a situação permitir.
A reconstrução de Gaza, devastada por sucessivos conflitos, tem um custo estimado pela ONU de aproximadamente US$ 40 bilhões, com 60% das residências destruídas ou inabitáveis. Ao longo dos últimos meses, Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária na região, incluindo alimentos e água para civis em áreas críticas como Jabaliya e Beit Hanun, em coordenação com organizações internacionais.
A entrega de ajuda humanitária intensificou-se recentemente, com um volume crescente de caminhões atravessando a passagem de Erez, um movimento que atende parcialmente a uma exigência dos Estados Unidos para que Israel alivie a crise humanitária na região. Caso contrário, Washington ameaça reduzir a assistência militar a Tel Aviv.
O acordo entre Hamas e Fatah para um governo de transição representa um possível primeiro passo na reconstrução da infraestrutura e da governança de Gaza.
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Comentários (1)
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
12.11.2024 15:26Parece ser infinita a legião de pessoas no Ocidente recalcadas e invejosas da prosperidade e da competente capacidade de Israel se defender!