Mulher que casou aos 15 anos e matou o marido é enforcada no Irã
Samira Sabzian se casou quando tinha 15 anos e, quatro anos depois, em 2013, matou o marido. Ela estava presa desde então...
Samira Sabzian se casou quando tinha 15 anos e, quatro anos depois, em 2013, matou o marido. Ela estava presa desde então.
A execução da pena estava marcada para 13 de dezembro, mas foi adiada: na semana passada, antes da execução prevista, Sabzian pôde encontrar os seus dois filhos pela primeira vez desde que foi encarcerada.
De acordo com o código penal da República Islâmica, qualquer pessoa acusada de homicídio deve ser condenada à morte: a família da vítima pode escolher se aceita a pena capital ou se contenta com uma indenização. No caso de Sabzian, os pais do marido assassinado pediram e obtiveram a pena de morte.
Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega escreveu sobre o caso no seu perfil do X:
“A República Islâmica enforcou hoje #SamiraSabzian tendo o mundo inteiro como testemunhas.
Samira foi vítima de anos de apartheid de gênero, casamento infantil e violência doméstica, e hoje foi vítima da máquina de matar do regime incompetente e corrupto. Um regime que se sustentou apenas matando e incutindo medo.
Ali Khamenei e outros líderes da República Islâmica devem ser responsabilizados por este crime. Tal como outras vítimas da máquina de execução do regime, Samira estava entre os membros mais vulneráveis da sociedade e sem voz. Uma campanha de uma semana foi insuficiente para salvá-la.
Devemos lutar todos os dias para salvar os milhares de outros que estão na fila para serem vítimas da máquina de matar, a fim de preservar a sobrevivência do regime.”
A República Islâmica tem o maior número de execuções per capita do mundo. Segundo a Iran Human Rights, pelo menos 31 pessoas foram executadas pelo regime iraniano na última semana, uma média de mais de quatro execuções por dia.
Em setembro de 2022 uma onda de protesto foi desencadeada no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, após a sua detenção em Teerã por uma suposta violação do código de vestimenta da República Islâmica para mulheres.
O Irã reprimiu os protestos com violência, levando a centenas de mortes e milhares de prisões.
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