Mudanças climáticas podem piorar doenças cerebrais
Explore como as mudanças climáticas impactam doenças cerebrais como AVC e Alzheimer. Estudo revela conexões alarmantes.
Recentes pesquisas apontam para uma ligação direta entre as alterações climáticas e várias doenças neurológicas e psiquiátricas. Um estudo robusto, publicado na prestigiada The Lancet Neurology, sugere que os efeitos das mudanças climáticas são particularmente significativos para indivíduos com condições cerebrais preexistentes.
Este trabalho acadêmico, liderado por especialistas da University College London (UCL), analisou mais de 300 estudos publicados globalmente. As descobertas sublinham um aumento potencial em complicações e mortes resultantes de doenças como AVC, Alzheimer e transtornos mentais, todos exacerbados por condições climáticas extremas.
Quais Doenças São Mais Afetadas pelas Variações Climáticas?
Entre os casos estudados, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infecções do sistema nervoso estão na frente quando se trata de vulnerabilidade às variações climáticas. Condições extremas de temperatura, tanto altas quanto baixas, bem como variações agudas durante o dia, mostraram-se fatores de risco agravantes para essas condições.
Além disso, o estudo destaca que as temperaturas noturnas elevadas podem perturbar o ciclo de sono, exacerbando problemas cerebrais. Este é um alerta para a necessidade urgente de estratégias adaptativas nas políticas de saúde pública para mitigar esses riscos.
Os Riscos Associados com o Alzheimer em um Clima em Mudança
Pessoas com demenças, como o Alzheimer, são especialmente suscetíveis a danos originados por temperaturas extremas e desastres climáticos como enchentes ou incêndios florestais. A deficiência cognitiva, comum nessas condições, limita a habilidade do indivíduo de ajustar seu comportamento a mudanças ambientais abruptas, aumentando o risco de internações e mortes em condições extremas.
A multimorbidade e o uso de medicamentos psicotrópicos nesse grupo de pacientes agravam ainda mais o risco, uma vez que reduzem a capacidade de resposta a emergências ambientais, potencializando a vulnerabilidade a ondas de calor e outros eventos extremos relacionados ao clima.
Qual a Influência da Ecoansiedade na Saúde Mental?
- Ecoansiedade é um termo que descreve o medo persistente de catástrofes ambientais. Este sentimento pode intensificar distúrbios psiquiátricos preexistentes, como ansiedade e depressão.
- O aumento dos sintomas devido à ecoansiedade pode complicar ainda mais a gestão de doenças cerebrais, tornando essencial a incorporação de medidas psicológicas e ambientais nas terapias existentes.
O estudo recomenda que a pesquisa continue evoluindo e se adaptando ao ritmo das alterações climáticas, para fornecer dados relevantes que possam guiar tanto pacientes quanto instituições na mitigação destes efeitos adversos.
Concluindo, enquanto as mudanças climáticas representam uma ameaça global, as implicações na saúde cerebral são profundas e exigem uma ação imediata tanto em pesquisa quanto em políticas de saúde. A ligação entre um planeta saudável e mentes saudáveis nunca foi tão evidente, o que reforça a urgência em abordar essas questões de forma integrada e proativa.
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