A recente Conferência de Bonn, na Alemanha, marcado pela busca por consensos em financiamento para políticas que reduzam os impactos das mudanças climáticas para o período pós-2025, encerrou sem resultados concretos.

A reunião, essencial para o avanço das políticas ambientais globais, deixou muitos pontos em aberto e mostrou a tensão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Em meio às negociações, foi claro que a falta de um acordo sobre a magnitude dos valores a serem destinados ao clima, chamados de quantum, foi uma barreira significativa.

Cada nação apresentou suas perspectivas, criando um ambiente de constante troca de ideias, mas sem a finalização de um consenso.

O que significa o novo objetivo coletivo quantificado?

O Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG) é uma meta financeira que visa estabelecer um piso de US$ 100 bilhões anuais para ajudar países menos desenvolvidos a combater as mudanças climáticas.

Essa quantia, debatida desde a sede da UNFCCC em Bonn, alimenta esperanças e gerencia tensões entre os participantes das conferências anuais.

Propostas e discordâncias: A perspectiva dos países participantes

Grupos de nações, como os árabes e africanos, sugeriram aumentar significativamente o financiamento, propondo montantes que alcançam até US$ 1,3 trilhões por ano durante cinco anos a partir de 2025.

Essas propostas, no entanto, enfrentam resistência de países desenvolvidos, que veem os números como elevados demais.

Os copresidentes das conversações ficaram encarregados de preparar um novo documento que aborde as divergências e sugira um caminho a seguir.

Este documento será enviado aos governos antes da próxima discussão, que por enquanto não tem data marcada.

A comunidade internacional tem uma grande expectativa de que progressos sejam feitos antes da COP29 em Baku, onde as negociações continuam.

Mudanças Climáticas

Assim como indicam experts em mudanças climáticas, o caminho para um acordo final é longo e repleto de obstáculos.

O Secretário Executivo da ONU para as Mudanças Climáticas, Simon Stiell, sublinhou a necessidade de maximizar cada momento das negociações para se aproximar das metas.

Está claro que enquanto a meta de 1,5ºC ainda parece distante, a determinação e urgência para alcançá-la devem ser uma constante nas agendas globais.

Como sociedade global, continuamos dependentes de decisões conjuntas e estratégias colaborativas.

O resultado de Bonn, embora não definitivo, é um passo importante para compreender as dinâmicas e os desafios que enfrentamos em conjunto.

Resta agora aguardar as próximas negociações, esperando que as diferenças possam ser superadas em nome de um futuro sustentável para todos.