Mpox: navio que deixou o Brasil está em quarentena na Argentina
Autoridades argentinas isolam embarcação e tripulação após um tripulante, de nacionalidade hindu, apresentar sintomas de mpox
Autoridades sanitárias da Argentina decidiram colocar em quarentena um navio de bandeira liberiana que partiu do porto de Santos, Brasil, após um dos seus tripulantes apresentar sintomas compatíveis com Mpox.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde argentino, o tripulante em questão, de nacionalidade indiana, exibiu lesões cutâneas localizadas principalmente no tronco e no rosto. Diante da suspeita, o indivíduo foi imediatamente isolado do restante da tripulação como medida preventiva.
O navio, que segue rumo ao Porto San Lorenzo, na província de Santa Fé, foi retido em um ancoradouro, onde permanecerá até a realização de todos os procedimentos necessários. “Apenas equipes sanitárias estão autorizadas a embarcar, e nenhum membro da tripulação poderá desembarcar até que a situação seja devidamente controlada,” afirmou o Ministério da Saúde em comunicado.
Medidas de controle e protocolo internacional
O governo argentino destacou que foi ativado o protocolo de emergência em saúde pública de importância internacional, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso inclui a realização de um controle sanitário rigoroso a bordo e a coleta de amostras das lesões do tripulante para análise laboratorial.
O Ministério da Saúde argentino reforçou que equipes da Vigilância Sanitária de Fronteira, devidamente equipadas com medidas de proteção adequadas, farão uma inspeção completa na embarcação.
Toda a tripulação permanecerá em quarentena até que os resultados dos exames sejam divulgados. A decisão faz parte das ações preventivas para evitar a disseminação do vírus, especialmente em um momento em que a OMS já emitiu alertas sobre a situação da mpox no continente africano.
Alerta global e a situação da mpox na Argentina
A OMS declarou recentemente a situação da mpox no continente africano como uma emergência de saúde pública de importância internacional, ressaltando o risco de disseminação global e a possibilidade de uma nova pandemia. Esta é a classificação mais alta de alerta da entidade, que reflete a gravidade da situação.
Até o momento, a Argentina não registrou nenhum caso da nova variante de mpox identificada em alguns países africanos. No entanto, as autoridades permanecem vigilantes para prevenir a entrada do vírus no país.
Brasil intensifica ações contra mpox
No Brasil, o Ministério da Saúde também está em alerta. Após o novo decreto da OMS, foi instalado um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) específico para a mpox. Esse centro é responsável por coordenar as ações de resposta à doença em todo o território nacional. Segundo o ministério, a vigilância para a mpox tem sido uma prioridade desde a primeira emergência global decretada entre 2022 e 2023.
Dados atualizados indicam que, em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox no Brasil, uma redução significativa em comparação aos mais de 10 mil casos reportados em 2022, durante o pico da crise. Desde 2022, o Brasil registrou 16 óbitos relacionados à mpox, sendo o último em abril de 2023.
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