Ivan Boesky, o notório investidor que ficou conhecido por seu papel central no escândalo de insider trading nos anos 80, faleceu enquanto dormia nesta segunda-feira (20), de acordo com informações confirmadas pela sua filha Marianne Boesky à CNN Internacional.

Quem foi Ivan Boesky?

Ivan Boesky tornou-se uma figura emblemática da ganância financeira nos Estados Unidos. Seu nome frequente nas manchetes na década de 1980 após ser apelidado de “Ivan, o Terrível” pela revista Time. Boesky foi protagonista de um dos maiores escândalos de insider trading da história de Wall Street, inspirando até mesmo personagens de Hollywood.

Como Boesky influenciou a cultura popular?

O impacto de Ivan Boesky transcendeu o mundo financeiro, alcançando a cultura popular. Ele inspirou o famoso personagem Gordon Gekko, do filme “Wall Street”, de 1987, onde Gekko infamemente declara que “a ganância é boa”. A afirmação foi inspirada por um discurso real de Boesky na Haas School of Business da Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde ele disse que “a ganância é saudável”.

Qual foi o legado de suas ações na legislação financeira?

Após ser pego utilizando informações privilegiadas, Ivan Boesky se tornou um personagem central nos esforços regulatórios para limpar Wall Street. Em um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), ele concordou em cooperar com as autoridades federais, oferecendo detalhes cruciais sobre as práticas de manipulação de mercado. Sua colaboração ajudou a moldar políticas mais rigorosas contra abusos no mercado financeiro.

Quais foram as consequências legais para Boesky?

Em 1986, Boesky confessou-se culpado de insider trading e foi sentenciado a três anos de prisão, além de ser multado em 100 milhões de dólares. Metade desse valor foi destinada à devolução dos lucros obtidos ilegalmente e a outra metade como penalidade civil. Ivan Boesky também foi permanentemente proibido de negociar no mercado de valores mobiliários.

A morte de Ivan Boesky encerra um capítulo notável na história financeira dos Estados Unidos. Ele deixa sua esposa Ana, cinco filhos e quatro netos. Sua vida e ações continuam a servir como um conto cautelar sobre os perigos da ganância e do abuso de poder no mercado financeiro.