Ministros canadenses encontram Trump após piada sobre anexação
Visita à Flórida tem na agenda comércio e controle de fronteiras em meio a tensões entre Estados Unidos e Canadá
Dois ministros do Canadá, Dominic LeBlanc (Finanças) e Mélanie Joly (Relações Exteriores), estão em Palm Beach, Flórida, para conversas com o governo de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A visita ocorre em meio a tensões sobre segurança na fronteira e as ameaças de tarifas comerciais contra o Canadá.
Os ministros devem se reunir com Tom Homan, indicado por Trump para ser o “czar da fronteira”, a fim de apresentar o plano canadense para reforçar a segurança fronteiriça e mitigar os impactos de tarifas de 25% que podem ser impostas por Trump.
O governo canadense busca uma abordagem diplomática para evitar que as medidas afetem as relações econômicas entre os países, especialmente no que diz respeito ao comércio de bens essenciais como petróleo e eletricidade.
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A piada sobre anexação do Canadá
Trump ironizou a situação econômica do Canadá recentemente, dizendo que o país vizinho deveria se tornar “o 51º estado dos EUA” caso as tarifas arruinassem a economia canadense. Trudeau foi chamado ironicamente de “Governador Justin Trudeau do Canadá” por Trump, que usou redes sociais para criticar o líder canadense.
Com uma economia altamente integrada, os dois países movimentam diariamente cerca de US$ 2,7 bilhões em bens e serviços através da fronteira. Além disso, mais de 60% do petróleo importado pelos EUA e 85% de sua eletricidade vêm do Canadá.
É evidente que a sugestão de Donald Trump sobre a anexação do Canadá como o 51º estado dos Estados Unidos é, de fato, uma piada.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, contribuiu para as reações de Donald Trump ao fazer críticas públicas ao presidente eleito dos EUA. Em diversas ocasiões, Trudeau condenou o populismo de Trump e disse que um novo mandato dele representaria um “retrocesso” em temas como mudanças climáticas.
Trudeau também criticou as políticas protecionistas de Trump, afirmando que prejudicariam ambos os países, e apontou a “imprevisibilidade” de sua liderança.
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