Ministro de Netanyahu defende reocupação da faixa de Gaza
“Para ter segurança, precisamos controlar o território e para controlar o território militarmente a longo prazo, precisamos de uma presença civil”, disse Bezalel Smotrich, em entrevista na rádio militar
O ministro das finanças de Netanyahu, Bezalel Smotrich, manifestou-se a favor do reassentamento de israelenses na Faixa de Gaza.
Smotrich é considerado um defensor da visão do “Grande Israel” e também defende a anexação da Cisjordânia ocupada.
O político extremista de direita disse à estação de rádio do exército israelense, no domingo, 31 de dezembro, que se Israel proceder corretamente, haverá um êxodo de palestinos “e viveremos na Faixa de Gaza”.
“Para ter segurança, precisamos controlar o território e para controlar o território militarmente a longo prazo, precisamos de uma presença civil”, disse Bezalel Smotrich, em entrevista na rádio militar respondendo uma questão sobre a conveniência de restabelecer assentamentos na Faixa de Gaza.
Bezalel Smotrich, chefe do partido “Sionismo Religioso” e membro da coligação governamental, estimou ainda que Israel deveria “encorajar” 2,4 milhões de habitantes de Gaza a deixar o território para outros países.
“Se agirmos de forma estrategicamente correta e incentivarmos a emigração, se houver 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões, todo o discurso no dia seguinte (da guerra) será completamente diferente”, afirmou.
“Ajudaremos a reabilitar estes refugiados noutros países de uma forma adequada e humana, com a cooperação da comunidade internacional e dos países árabes que nos rodeiam”, acrescentou.
Temendo um êxodo em massa, tanto o Egito como a Jordânia se recusaram a receber refugiados da Faixa de Gaza.
Os EUA são contra
Em 2005, Israel retirou-se da Faixa de Gaza e evacuou mais de 20 colonatos israelitas.
Os EUA são claramente contra a reocupação da Faixa de Gaza por Israel. Rejeitam também o deslocamento forçado dos milhões de palestininos que vivem na estreita faixa costeira.
Os EUA querem que uma Autoridade Palestina reformada assuma o controle da Faixa de Gaza depois da guerra. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita essa opção. Ele quer que o exército mantenha o controle da segurança mesmo depois da guerra e apela à desmilitarização de Gaza.
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