Militar que explodiu Cybertruck sofria de estresse pós-traumático
Segundo autoridades, o ataque foi um “chamado de alerta” de Livelsberger, que expressou uma série de frustrações políticas e pessoais
O FBI confirmou que Matthew Alan Livelsberger, o militar que explodiu um Tesla Cybertruck em frente ao Trump International Hotel, em Las Vegas, sofria de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e cometeu suicídio antes da detonação.
O sargento-mor, de 37 anos, membro das Forças Especiais do Exército dos EUA, atirou em si mesmo antes de os explosivos no veículo serem acionados. O incidente feriu ainda sete pessoas.
A explosão ocorreu na manhã de 1º de janeiro e, segundo autoridades americanas, foi um “chamado de alerta” de Livelsberger, que expressou em notas encontradas em seu telefone uma série de frustrações políticas e pessoais.
Livelsberger havia escrito que sua ação visava chamar atenção para os problemas dos Estados Unidos, afirmando que os americanos só se importam com violência e espetáculos.
Ele também criticou as elites do poder e lamentou a perda de amigos em combate, atribuindo a si mesmo o peso das vidas perdidas durante suas missões.
Em sua carreira militar, Livelsberger participou de missões no Afeganistão, Ucrânia e outros países, e foi condecorado por bravura em combate.
As investigações revelaram que ele alugou o Tesla em Denver e viajou até Las Vegas, onde estacionou o veículo em frente ao hotel de Donald Trump.
O sargento também carregava pistolas semiautomáticas e uma grande quantidade de fogos de artifício e combustível. Embora o ato tenha gerado alarme, o FBI descartou qualquer ligação com grupos terroristas.
A polícia também afirmou que, com a ajuda de engenheiros da Tesla, conseguiu recuperar dados do Cybertruck, confirmando que o veículo não estava em modo autônomo.
Apesar das especulações, o FBI afirmou que Livelsberger não tinha animosidade pessoal contra Trump e que o incidente parecia ser um caso trágico de suicídio envolvendo um veterano de combate condecorado que enfrentava dificuldades de saúde mental.
Apesar de algumas coincidências entre este ataque e um ocorrido em Nova Orleans, onde um veterano também usou um veículo alugado para um atentado, as autoridades descartaram uma conexão entre os dois casos. Ambos os veículos foram alugados pelo aplicativo Turo, que coopera com as investigações.
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