Milhares de franceses marcharam contra o aborto e a eutanásia
A “marcha pela vida” aconteceu na França no domingo, 21 de janeiro. Cerca de 15 mil pessoas marcharam em Paris contra a inclusão do aborto na Constituição, prometida por Emmanuel Macron.
A “marcha pela vida” aconteceu na França no domingo, 21 de janeiro. Segundo os organizadores da manifestação, 15 mil pessoas marcharam em Paris contra a inclusão do aborto na Constituição prometida por Emmanuel Macron.
Este evento nacional é organizado todos os anos por ocasião do aniversário da lei relativa à interrupção voluntária da gravidez, IVG (aborto) e promulgada em 17 de janeiro de 1975.
Várias ativistas do movimento feminista Femen tumultuaram a marcha, fazendo topless antes do seu início e dizendo à multidão através de um megafone “a sua opinião não conta, o aborto é um direito”. Elas foram gentilmente convidadas a se afastarem.
Ao lado de cartazes que diziam “curar não é matar” ou “aborto = corações partidos”, os manifestantes da gritavam slogans como “não toquem nos embriões”.
Este ano, os organizadores destacaram a oposição à inclusão do aborto na Constituição, prometida por Emmanuel Macron e que deve ser debatida na Assembleia Nacional no dia 24 de janeiro.
O texto do governo pretende incluir na Constituição a garantia de que “a lei determina as condições nas quais se exerce a liberdade garantida à mulher de ter recurso ao aborto”.
A líder dos deputados do partido de extrema-esquerda La France Insoumise (LFI), Mathilde Panot, disse que ainda não estava satisfeita com a redação e que queria “incluir um direito na Constituição”
Direito à objeção de consciência
“Este projeto parece-nos completamente indecente, inútil e perigoso”, declarou à AFP o presidente da Marcha pela Vida, Nicolas Tardy-Joubert, que apela à implementação de “políticas de prevenção”.
Os organizadores da marcha pedem uma ecografia obrigatória a partir da sexta semana de gravidez, permitindo ouvir o coração do bebê, ou um período de reflexão de três dias antes de qualquer aborto.
Eles apelam também à defesa do “direito absoluto à objeção de consciência do pessoal de saúde e à proteção da cláusula de consciência específica”.
Outro assunto na ordem do dia da manifestação foi a rejeição de qualquer “legalização do suicídio assistido e da eutanásia” poucas semanas antes da apresentação de um projeto de lei sobre o fim da vida, anunciado para fevereiro em conselho de ministros.
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