Milei recebe Edmundo González na Casa Rosada
Em Buenos Aires, Milei apresentou Edmundo González como "o legítimo presidente" da Venezuela
Edmundo González Urrutia, reconhecido por parte do Ocidente como presidente eleito da Venezuela, iniciou uma viagem pela América Latina a fim de reforçar o apoio recebido dos líderes regionais. Em Buenos Aires, foi recebido neste sábado, 4, pelo presidente da Argentina, Javier Milei, que o apresentou no balcão da Casa Rosada como “o legítimo presidente” da Venezuela.
Na Praça de Maio, centenas de venezuelanos, muitos refugiados, ovacionaram Edmundo González enquanto exibiam cartazes em apoio a ele e a María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, cuja localização atual é mantida em sigilo.
A visita ocorre às vésperas da posse do ditador Nicolás Maduro, que espera comandar o país por mais quatro anos, após ter fraudado descaradamente o resultado eleitoral.
Maduro deve iniciar um novo mandato na próxima sexta-feira, 10, acompanhado de um projeto para reformar a Constituição e consolidar seu poder.
Depois de visitar a Argentina, González seguirá para o Uruguai, onde se reunirá com o presidente Luis Lacalle Pou.
A agenda inclui ainda visitas ao Panamá, República Dominicana e Estados Unidos. O objetivo é angariar apoio regional em um momento em que a oposição venezuelana afirma ter vencido as eleições com 67% dos votos, baseando-se em atas eleitorais que o regime se recusa a divulgar.
Enquanto alguns governos, como o da Argentina e do Uruguai, reconhecem González, outros adotam uma postura mais cautelosa. No Uruguai, o presidente eleito, Yamandú Orsi, da Frente Ampla, já sinalizou uma abordagem mais moderada em relação à Venezuela, refletindo as divisões internas de sua coalizão.
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O governo Lula na posse de Maduro
A poucos dias da posse do ditador Nicolás Maduro, o Brasil ainda não foi convidado oficialmente pelo regime. Como mostramos, o governo brasileiro deve ser representado pela embaixadora Glivânia de Oliveira, no dia 10 de janeiro, caso haja a formalização do convite que deve ocorrer nos próximos dias.
Ao assumir o governo, em janeiro de 2023, Lula reatou as relações diplomáticas com a ditadura venezuelana. Em maio daquele ano, ele recebeu o ditador em Brasília.
Após a fraude eleitoral de 28 de julho de 2024, o petista não condenou as violações de direitos humanos e a fraude do regime.
Para Lula, o governo de Maduro é apenas “mais um rolo”. O brasileiro também nunca disse que há uma ditadura na Venezuela.
O assessor especial de Lula, Celso Amorim, chegou até a sugerir um “segundo turno das eleições” como forma de atenuar a fraude. Na prática, seria só mais uma maneira de justificar a permanência do ditador no cargo.
28 de julho
A pressão internacional sobre o regime ganhou força após os Estados Unidos e outros países europeus reconhecerem González como o presidente eleito.
Ele está exilado na Espanha desde setembro com os filhos.
Em novembro, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) encerrou o caso que contestava a fraude eleitoral do ditador.
Dois ex-candidatos presidenciais, Enrique Márquez e Antonio Ecarri, enviaram pedidos para que a Corte conferisse os números e abrisse os dados mesa por mesa.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para validar o resultado oficial das eleições.
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Comentários (3)
Reca
04.01.2025 14:14Inveja dos argentinos. Parabéns, Milei, pela postura e por estar revertendo positivamente a economia na Argentina. Torcendo por vocês. 👏👏👏👏👏
Marian
04.01.2025 13:55Parabéns Milei! Parabéns Hermanos 👏👏👏
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
04.01.2025 13:24👏👏👏👏