Milei: “fraude de Maduro é vitória de Pirro”
Milei já havia se pronunciado pela noite do domingo, antes das autoridades eleitorais terem declarado Maduro vitorioso
O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), denunciou a fraude na “vitória” do ditador Nicolás Maduro nas eleições de domingo, 28 de julho, na Venezuela.
“Esta é uma mensagem para o heroico povo venezuelano. A fraude perpetrada pelo ditador Nicolás Maduro não é nada mais, nada menos que uma vitória de Pirro“, disse Milei em vídeo no TikTok publicado nesta segunda, 29.
“Vitória de Pirro” é uma expressão que significa vitória de alto custo.
Ainda na publicação desta segunda, Milei afirmou: “Esta é uma mensagem para o heroico povo venezuelano. A fraude perpetrada pelo ditador Nicolás Maduro não é nada mais, nada menos que uma vitória de Pirro. Ele pode até achar que ganhou uma batalha, que ele creia que ganhou uma batalha, mas o mais importante é que os leões venezuelanos despertaram e, mais cedo ou mais tarde, o socialismo vai acabar, vai chegar ao fim esse modelo empobrecedor. Porque o socialismo é sempre e em todo lugar um fenômeno assassino, que traz fome e miséria. Então, ânimo, queridos venezuelanos, vocês vão superar isso. Continuem lutando, não baixem a guarda. Viva a liberdade, caralho!”.
Milei já havia se pronunciado pela noite do domingo, antes das autoridades eleitorais terem declarado Maduro vitorioso.
“Ditador Maduro, fora!!! Os venezuelanos optaram por acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição e o mundo espera que [ele] reconheça a derrota após anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, escreveu Milei no X na ocasião.
“A Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular. A liberdade avança na América Latina”, acrescentou.
Uma pesquisa de boca de urna do instituto Edison com 6 mil eleitores colocava Edmundo González na dianteira, com 65%, e Maduro em segundo, com 31%.
Ditadura de Maduro dá vitória a Maduro
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a vitória do ditador Nicolás Maduro (foto) nas eleições presidenciais deste domingo, 28 de julho, por 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas.
Ainda segundo o CNE, que é aparelhado pelo chavismo, o candidato da oposição, Edmundo González, teria obtido apenas 44,2% dos votos.
A apuração dos resultados foi marcada por indícios de irregularidades.
O CNE paralisou a divulgação da contagem de votos em “numerosas” seções, denunciou a oposição ao longo da noite.
“Conselho Nacional Eleitoral paralisou a transmissão em numerosos centros e está impedindo que nossos fiscais obtenham a ata, expulsando-os dos locais de votação”, disse a presidente do partido de oposição Encuentro Ciudadano, Delsa Solórzano, à emissora de televisão NTN24.
Uma pesquisa de boca de urna do instituto Edison com 6 mil eleitores colocava Edmundo González na dianteira, com 65%, e Maduro em segundo, com 31%.
A repressão a opositores também ocorre nas seções eleitorais e nas ruas.
Imagens divulgadas pela NTN24 mostram integrantes da Guarda Nacional Bolivariana e de diferentes grupos paramilitares ligados ao chavismo intimidando fiscais da oposição.
Durante a tarde, o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, que é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, convocou os chavistas para irem aos centros eleitorais, onde membros da oposição aguardavam a divulgação dos resultados locais.
No estado de Táchira, perto da Colômbia, motoqueiros chavistas armados — os “motorizados” — atiraram na direção de membros da oposição que estavam do lado de fora dos centros, aguardando os primeiros resultados. Uma pessoa morreu.
Atas com dados
Mais de três horas depois do horário de fechamento dos centros de votação, nenhum resultado tinha sido divulgado.
“Não há desculpa técnica para que o país não tenha ainda os resultados“, afirmou David Smolansky, integrante da campanha de María Corina Machado (foto), para o canal NTN24.
Depois do fechamento dos centros, às 18 horas, testemunhas credenciadas da oposição tentaram entrar nos lugares para acompanhar a contagem dos votos, mas foram impedidas.
Outras foram expulsas pelos policiais ou por militares. Muitas não conseguiram ter acesso às atas com os dados.
Em outros centros, a transmissão das informações das atas não foi feita, paralisando a contagem total.
A dirigente da Plataforma Unitária da oposição Delsa Solórzano afirmou que pessoas da campanha de Edmundo González só conseguiram entrar na sede do Conselho Nacional Eleitoral, CNE, em Caracas, pouco antes do início da contagem.
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