Milei divulga documentos de nazistas que fugiram para Argentina
Governo divulga lista inédita de criminosos de guerra que se refugiaram no país após a Segunda Guerra Mundial

O governo da Argentina divulgou uma lista inédita com os nomes de integrantes do regime nazista que se refugiaram no país após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os documentos estavam sob sigilo e foram tornados públicos por ordem do presidente Javier Milei.
A lista inclui nomes pouco conhecidos do grande público, mas relevantes na estrutura de poder do Terceiro Reich.
Segundo autoridades, os arquivos trazem registros de mais de 60 nazistas que viveram em território argentino com identidade real ou falsa.
Entre os novos nomes revelados estão oficiais da SS, funcionários administrativos de campos de concentração e técnicos ligados à indústria bélica do regime de Hitler.
Esses indivíduos, segundo os registros, entraram no país entre 1945 e 1952, usando redes de fuga organizadas com o apoio de simpatizantes e setores do governo argentino da época.
Documentos também indicam movimentações financeiras em bancos locais, aquisição de propriedades e vínculos com empresas privadas, sugerindo que parte desses fugitivos teve vida confortável e apoio durante décadas.
A medida ocorre após encontro de Milei com o senador norte-americano Steve Daines, defensor da abertura dos arquivos e aliado do presidente Donald Trump.
Com a liberação dos documentos, pesquisadores e historiadores do Holocausto terão acesso inédito a informações que podem alterar o entendimento sobre o que permitiu a permanência desses criminosos na América do Sul.
A Argentina é apontada por estudos históricos como um dos principais destinos de nazistas foragidos.
Estima-se que o país tenha recebido cerca de 5 mil deles, muitos com a cumplicidade de autoridades locais durante o governo de Juan Domingo Perón. A abertura dos arquivos promete novas revelações sobre esse capítulo sombrio da história.
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