Milei demite ministra por voto na ONU favorável a Cuba
O presidente da Argentina, Javier Milei, demitiu Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores, após o país votar na ONU contra o embargo dos Estados Unidos a Cuba. A decisão ocorreu nesta quarta-feira, 30, com Milei justificando a saída da chanceler por ter “se alinhado aos inimigos da liberdade” e anunciando uma auditoria para “caçar comunistas”...
O presidente da Argentina, Javier Milei, demitiu Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores, após o país votar na ONU contra o embargo dos Estados Unidos a Cuba.
A decisão ocorreu nesta quarta-feira, 30, com Milei justificando a saída da chanceler por ter “se alinhado aos inimigos da liberdade” e anunciando uma auditoria para “caçar comunistas” no ministério.
A votação, que reforçou a posição histórica da Argentina contra o embargo americano a Cuba, colocou o governo argentino entre os 187 países favoráveis à resolução da ONU, aprovada pela 32ª vez. Somente EUA e Israel votaram contra, com uma abstenção. Contudo, o posicionamento foi visto como um apoio indireto ao regime cubano, o que gerou atrito no governo de Milei, que criticou duramente Mondino.
Milei expressou frustração e insatisfação com o voto argentino, que, segundo ele, afasta o país de valores ocidentais e aproxima-o de regimes que considera autocráticos. “Não permitiremos que nossos representantes apoiem governos que reprimem a liberdade”, escreveu o presidente, sinalizando sua intolerância com posturas favoráveis a países como Cuba.
Com a saída de Mondino, o substituto anunciado para chefiar o Ministério das Relações Exteriores será Gerardo Werthein, atual embaixador nos Estados Unidos. Werthein é visto como um aliado de confiança de Milei e possui uma boa relação com o governo americano, o que pode indicar uma reaproximação com os interesses dos EUA, conforme sugerem fontes do governo argentino.
Esse episódio destaca uma potencial mudança na política externa da Argentina, com Milei buscando um alinhamento mais rígido aos Estados Unidos e distanciamento de nações consideradas “antiocidentais”.
Ao anunciar uma auditoria para revisar possíveis alinhamentos ideológicos dentro do ministério, Milei sugere uma política de tolerância zero com posturas que julga contrárias aos seus princípios, apontando para uma gestão que visa reconfigurar a posição argentina em fóruns internacionais.
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