Menina judia de 12 anos vítima de estupro coletivo, na França
Dois adolescentes foram indiciados na noite de terça-feira, 18 de junho, por “estupro coletivo, ameaças de morte, insultos e violência antissemita” contra uma menina judia de 12 anos em Courbevoie (Hauts-de-Seine), perto de Paris
Dois adolescentes foram indiciados na noite de terça-feira, 18 de junho, por “estupro coletivo, ameaças de morte, insultos e violência antissemita” contra uma menina judia de 12 anos em Courbevoie (Hauts-de-Seine), perto de Paris. O fato causou forte comoção na comunidade judaica e além.
Segundo o Ministério Público de Nanterre, um terceiro suspeito, também menor, foi colocado na condição de testemunha por assistir ao estupro e foi indiciado pelos demais crimes visados pela investigação.
A gravidade dos fatos e a pouca idade dos suspeitos são assustadoras. Dois dos três adolescentes, de 13 anos, foram colocados sob mandado de prisão. Um foi preso no centro de detenção preventiva de Nanterre, o outro em Porcheville, em Yvelines. O terceiro, de 12 anos, foi libertado com medida judicial provisória de educação, informou a promotoria.
Detalhes da violência
Sábado, 15 de junho, uma adolescente passou a tarde com amigas antes de ser acompanhada de volta para sua casa por uma delas. Ao atravessar o Parque Henri Regnault, ela se depara com dois meninos, um dos quais ela conhece vagamente, que bloqueiam seu caminho e a obrigam a segui-los até uma antiga creche que agora está abandonada. Um terceiro rapaz junta-se a eles e insulta a jovem sobre a sua religião, chamando-a de “judia suja”, segundo depoimentos do adolescente à polícia.
Seguiu-se uma explosão de violência sem precedentes: a adolescente foi agredida, jogada ao chão e fotografada. Um dos agressores segura um isqueiro aceso próximo ao rosto dela e ameaça “queimá-la”. Eles a forçaram a fazer penetração vaginal e anal, bem como a fazer sexo oral, e ameaçaram matá-la se ela falasse com a polícia.
Abandonada no local ermo, a adolescente volta para casa e revela o horror que acaba de sofrer aos pais, que alertam a polícia. A sua amiga, que estava presente quando os dois jovens a levaram consigo, pôde fornecer uma descrição detalhada dos suspeitos. As imagens de videovigilância também permitiram aos investigadores confirmar a presença dos três suspeitos perto do local do crime.
As investigações, confiadas primeiro à esquadra de polícia de Courbevoie e depois à brigada territorial de proteção da família, permitiram a detenção dos três suspeitos durante o dia de segunda-feira, 17 de junho.
Macron pede conscientização nas escolas sobre antissemitismo
O Presidente Emmanuel Macron pediu nessa quarta-feira, 19, durante o Conselho de Ministros, que seja organizado nos próximos dias nas escolas um momento de discussão sobre racismo e antissemitismo. O presidente francês voltou à questão da luta contra o antissemitismo depois de ter sido mencionada a tragédia de Courbevoie.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)