Médico denuncia: “Hamas nega tratamento a pacientes” e é impopular em Gaza
Durante seu período de voluntariado, Baxtiyar Baram disse que o Hamas não apenas utiliza hospitais como esconderijos, mas também estabelece áreas "VIP" onde apenas pacientes com ligações privilegiadas recebem tratamento
Dr. Baxtiyar Baram, médico curdo que atuou como voluntário no norte de Gaza, revelou que apenas 10% da população local apoia o Hamas. Baram, em entrevista ao site Rudaw, destacou como o Hamas explora hospitais e limita tratamentos, priorizando aqueles com conexões internas.
Durante seu período de voluntariado entre 28 de abril e 22 de maio, Baram observou que o Hamas não apenas utiliza hospitais como esconderijos, mas também estabelece áreas “VIP” onde apenas pacientes com ligações privilegiadas recebem tratamento adequado.
Segundo ele, um homem ferido teve seu tratamento negado pelo Hamas, que restringiu o uso de oxigênio para o paciente, alegando que a área de tratamento intensivo era reservada para “VIPs”. Baram relatou ainda ter testemunhado pessoalmente a presença de líderes do Hamas em hospitais, incluindo um dos fundadores do grupo, Munir Albursh. “Vi com meus próprios olhos que os hospitais estão sendo usados para esconder líderes do Hamas”, afirmou Baram.
O relato do Dr. Baram chega em um momento crítico de conflito entre Israel e o Hamas, com civis em Gaza enfrentando condições precárias. Segundo Baram, a maioria dos moradores de Gaza está exausta e desesperada, com muitos vivendo em prédios destruídos e crianças pedindo água nas ruas.
Ele destacou que o Hamas governa com “mão de ferro”, infiltrando-se em todos os aspectos da vida cotidiana, desde padarias até cafés, e usando essas conexões para manter o controle sobre a população
Baram também revelou que grupos mafiosos se aproveitaram do caos em Gaza para roubar ajuda humanitária e vendê-la no mercado negro a preços elevados. Ele descreveu a situação como desesperadora, com a população sofrendo de fome e falta de água.
Como o Hamas chegou ao poder e instituiu uma cleptocracia na região
O Hamas, um grupo terrorista islâmico, chegou ao poder na Faixa de Gaza em 2007 após vencer as eleições legislativas palestinas de 2006 e subsequentes conflitos com o Fatah, seu principal rival político.
Desde então, o Hamas estabeleceu um regime autoritário na região, exercendo controle total sobre os serviços públicos e a vida econômica. O grupo é frequentemente acusado de corrupção e má administração dos recursos, direcionando ajuda humanitária e recursos públicos para seus próprios interesses e para a manutenção de seu poder.
A cleptocracia resultante tem exacerbado a pobreza e as condições de vida dos moradores de Gaza, que sofrem com a falta de serviços básicos e direitos humanos.
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