Marinha americana intercepta mísseis Houthi durante escolta no Mar Vermelho
A multinacional Maersk, empresa de logística sediada na Dinamarca, reportou que dois navios operados por sua sucursal nos Estados Unidos, os quais se encontravam transportando suprimentos militares americanos, foram...
A multinacional Maersk, empresa de logística sediada na Dinamarca, reportou que dois navios operados por sua sucursal nos Estados Unidos, os quais se encontravam transportando suprimentos militares americanos, foram forçados a alterar suas rotas após explosões próximas. As embarcações estavam na região do Estreito de Bab al-Mandab, no Mar Vermelho, acompanhadas pela Marinha dos EUA. Após o ocorrido, a Maersk decidiu suspender o tráfego no Mar Vermelho por parte de navios de sua subsidiária americana.
A ação dos Houthis do Iêmen
Um representante dos Houthis do Iêmen, grupo militante que opera na região e que é considerado uma organização terrorista pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos, afirmou que o grupo disparou mísseis balísticos contra vários navios de guerra americanos que se encontravam protegendo os dois navios comerciais americanos. As duas embarcações são operadas pela Maersk Line, Limited, uma subsidiária americana da Maersk que realiza transporte de cargas para distintas agências governamentais americanas, como o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado e a USAID (Agência de Assistência Internacional).
O papel dos navios mercantes
Devido ao programa de Segurança Marítima do governo americano, estes navios eram escoltados por embarcações da Marinha americana ao longo do estreito. Este programa, administrado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, tem como objetivo providenciar transporte de tropas, suprimentos e equipamentos durante períodos de guerra ou emergência nacional. Felizmente, apesar dos mísseis disparados pelos militantes Houthis, os navios mercantes e suas tripulações saíram ilesos do incidente e puderam retornar ao Golfo de Aden, também escoltados pela Marinha.
As consequências do ataque
Em comunicado, a Maersk disse: “Após a escalada do risco, a MLL (Maersk Line, Limited) está suspendendo o trânsito na região até novo aviso.”. Além disso, marinheiros envolvidos receberão pagamento duplo ao ingressarem em zonas de alto risco, uma medida que tem gerado preocupação em sindicatos de marinheiros. Devido ao perigo iminente na região, há relatos de marinheiros se sentindo vulneráveis e preferindo contornar o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, ao invés de passarem pelo Mar Vermelho.
A problemática visão das organizações sindicais
Sindicatos dos Estados Unidos têm demonstrado grande preocupação com os ataques às embarcações de bandeira americana, que foram caracterizados como “os ataques mais significativos à Marinha Mercante dos EUA em mais de meio século”. Em carta enviada ao Comando de Transporte dos EUA, nove sindicatos destacaram a necessidade de que “os navios com bandeira dos EUA que transportam cargas comerciais, militares e de ajuda externa recebam a proteção necessária dos militares dos Estados Unidos enquanto transitam pelas águas cada vez mais traiçoeiras do Mar Vermelho”.
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