Marine Le Pen reage a pedido de prisão: “Sentença de morte política”
Promotoria da França pediu cinco anos de prisão e de inelegibilidade contra a líder do partido de direita francês
A líder do partido francês Rassemblement National (RN), Marine Le Pen (foto), acusou o Ministério Público de Paris de querer condená-la a uma “sentença de morte política”, depois de pedir cinco anos de prisão e cinco de inelegibilidade para a ex-candidata a presidente.
“Essa acusação é revoltante. É profundamente ultrajante. Exigem condenações desproporcionais, chegando a pedir contra mim a pena de morte política com execução provisória”, afirmou na sexta-feira, 15, em entrevista à estação francesa TF1.
Le Pen e outras 24 pessoas são acusados de desviar recursos do Parlamento Europeu para pagar funcionários na França que trabalhavam para o partido.
O Ministério Público solicitou que a execução da inabilitação seja imediata, mesmo se houver apelação. A decisão poderia impedir a líder do RN de concorrer na eleição presidencial de 2027.
Em outra publicação no X, Le Pen afirmou que a sua “sobrevivência política dependerá do fato de esta sentença de morte política ser cumprida, com execução provisória ou não”.
“É esse, acredito eu, o objetivo desta operação, que foi lançada por adversários políticos”, acrescentou.
A reação do Rassemblement National
O partido de direita nacionalista francês, Rassemblement National (RN), anunciou nas redes sociais uma petição online em seu site que tem por objetivo apoiar a líder dos deputados do partido, Marine Le Pen.
A criação da petição ocorre em resposta às recentes solicitações de inelegibilidade contra Marine Le Pen e outros membros importantes do Rassemblement National. Eles estão sendo julgados no contexto do caso envolvendo os assistentes parlamentares do antigo Front National, nome anterior do partido.
A legenda acusa uma ingerência clara na organização da vida parlamentar, desrespeitando a separação dos poderes, além de caracterizar a ação como uma tentativa de “eliminar a voz da verdadeira oposição” e “contornar o processo democrático”.
Outros membros do partido, incluindo Jordan Bardella e Éric Zemmour, ecoaram essas preocupações. Eles criticaram o que veem como um excesso judicial, argumentando que decisões políticas devem ser feitas nas urnas, não nos tribunais.
O deputado Jean-Philippe Tanguy, do RN, condenou as acusações contra Le Pen como “quase fanáticas”. O vice-presidente da legenda, Sébastien Chenu, acusou o Ministério Público de atuar “a serviço de uma missão política”.
Marion Maréchal, sobrinha de Marine Le Pen e fundadora do movimento Identité-Libertés, também se manifestou contra o que chamou de “intrusão inaceitável no trabalho político”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)