María Corina: “Sabemos que temos o apoio do mundo democrático”
Líder da oposição na Venezuela agradece à União Europeia e ao alto representante do bloco por exigir fim da perseguição a opositores
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado (foto), agradeceu neste sábado, 10 de agosto, à União Europeia (UE) e ao alto representante do bloco, Josep Borrell Fontelles, por exigir do regime de Nicolás Maduro o fim da perseguição e da repressão contra opositores.
“No dia 28 de julho, milhões de cidadãos, num ato histórico, mobilizaram-se e organizaram-se para defender e exercer os nossos direitos civis e políticos”, escreveu María Corina no X.
“Horas depois, apresentamos a ata oficial ao mundo inteiro, num exercício inédito de transparência e defesa do voto. Desde aquele momento, submetemos as atas a uma verificação independente por parte de organizações internacionais, uma vez que a CNE decidiu não divulgar os resultados eleitorais.
A comunidade internacional tem uma grande responsabilidade em apoiar esta exigência e em contribuir para uma transição ordenada e pacífica na Venezuela. Sabemos que temos o apoio do mundo democrático.”
A União Europeia, que não reconheceu os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), tem pedido ao regime venezuelano que pare com “a campanha de intimidação judicial” contra os opositores.
Pressão internacional
O embaixador dos EUA na Organização dos Estados Americanos, Francisco Mora, afirmou na última quinta-feira, 7 de agosto, que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrentará uma pressão internacional “inimaginável” se prender o ex-diplomata Edmundo González e a líder oposicionista María Corina Machado.
A declaração foi feita um dia depois de o Ministério Público venezuelano —controlado pelo chavismo— anunciar que abrira uma “investigação” sobre María Corina e González
Candidato da oposição na eleição presidencial de 28 de julho, González venceu o pleito, escandalosamente fraudado pelo regime de Maduro: o Conselho Nacional Eleitoral, também chavista, anunciou a “vitória” do ditador sem ter entregado as atas eleitorais até hoje.
A vitória do ex-diplomata foi confirmada não apenas pela oposição, que guardou e divulgou na internet as atas que obteve, mas por entidades independentes como o Centro Carter —que ainda negou a alegação de “ataque hacker” feita pelo chavismo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)