María Corina projeta participação recorde nas eleições da Venezuela
O alto comparecimento é a principal arma da oposição ao ditador Nicolás Maduro para evitar uma fraude generalizada no país
María Corina Machado, principal opositora do ditador Nicolás Maduro, votou na tarde deste domingo, 28 de julho, e afirmou acreditar em uma participação recorde na eleição presidencial da Venezuela.
“O que estamos vendo é o ato cívico mais importante da história moderna da Venezuela. Se isso continuar assim, provavelmente será um número recorde de participação”, disse María Corina depois de votar em Caracas.
“Hoje, a Venezuela está unida. Estivemos unidos por muitos anos na fé de que íamos ser livres e, hoje, é uma certeza: vamos ser livres e trazer os nossos filhos de volta para casa”, acrescentou.
A oposição estima que 42% dos eleitores – cerca de 9,3 milhões de pessoas – votaram até as 13h do horário local. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não divulgou dados sobre participação eleitoral.
A líder da oposição também mencionou os milhões de venezuelanos que vivem fora do país.
“Quando vi aquele venezuelano, o primeiro a votar na Austrália, meu coração explodiu. E é profundamente doloroso que tenham negado esse direito a quase cinco milhões de venezuelanos”, disse.
“Enquanto estamos aqui, em cinquenta cidades ao redor do mundo os venezuelanos estão nas ruas, comemorando este dia. E acredito que muitos deles já estão preparando as malas.”
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Venezuelanos fazem fila para votar
Os venezuelanos vão às urnas neste domingo, 28 de julho, para votar nas eleições presidenciais do país. Horas antes do início da votação, os eleitores já faziam fila.
Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram eleitores do lado de fora de vários centros de votação durante a madrugada. O alto comparecimento é a principal arma da oposição para evitar uma fraude generalizada no país.
A expectativa é saber se o candidato da maior força de oposição, Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado, consegue acabar com o regime chavista, comandado pelo ditador Nicolás Maduro, que busca a reeleição.
O que Maduro mais teme é uma alta taxa de participação. Quanto maior for a taxa de comparecimento entre os 21,5 milhões de eleitores da Venezuela, mais difícil será fraudar o pleito, porque o regime não tem controle total sobre a contagem.
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