María Corina e Edmundo convocam “protesto mundial” contra fraude de Maduro
Líder da oposição na Venezuela pediu que os manifestantes imprimam as atas disponíveis no site criado pela oposição e levem para o protesto
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, e o candidato de sua coalizão nas eleições presidenciais, o diplomata Edmundo González Urrutia, convocaram um grande “protesto mundial” contra a fraude eleitoral de Nicolás Maduro.
O Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela, que declarou vitória de Maduro, não apresentou as atas eleitorais passadas mais de duas semanas do pleito. O CNE é controlado pelo chavismo.
Apuração da base de María Corina e González aponta vitória do candidato opositor com 67% dos votos.
Em publicação no X, a líder da oposição na Venezuela pediu que os manifestantes procurem o histórico de votação do centro em que votaram, imprimam as atas disponíveis no site criado pela oposição e levem para o protesto, marcado para o próximo sábado, 17 de agosto.
“Deixe o mundo ver, com as atas em mãos, que não nos permitiremos ser roubados”, acrescentou María Corina.
Também no sábado, como mostramos, Edmundo González divulgou um vídeo direcionado ao ditador Nicolás Maduro e pediu “em nome dos venezuelanos: pare a violência, as perseguições e liberte os compatriotas detidos arbitrariamente”.
“Chega de perseguição e violência. Chega de tentar semear o terror. Chega de desrespeitar a vontade de mudança dos venezuelanos. Aceite o que nosso povo expressou e comecemos a tirar o país desta crise. Queridos venezuelanos, seguirei ao seu lado, defendendo a verdade e a mudança pacífica. Viva a Venezuela livre! Glória ao povo corajoso!”, escreveu.
Perseguição brutal
O procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, Tarek William Saab, anunciou no início da semana a abertura de uma investigação sobre os líderes da oposição, María Corina Machado e Edmundo González.
A ação do PGR de Maduro se dá após María Corina e González publicarem uma carta pedindo às Forças Armadas que “se coloquem ao lado do povo” e reconheçam a eleição do opositor. González assinou a carta como “presidente-eleito”.
A ditadura chavista, que controla as autoridades eleitorais, não liberou as atas das seções eleitorais, quase duas semanas após o pleito.
A PGR de Maduro investiga os líderes opositores pelos crimes de “Usurpação de Funções, Divulgação de Informação Falsa para Causar Angústia, Instigação à Desobediência de Leis, Instigação à Insurreição, Associação à prática de Crime e Conspiração”.
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