María Corina convoca venezuelanos no exterior a se manifestarem
Segundo a líder da oposição, não existe diferença entre "quem está dentro e quem está fora da Venezuela"
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fez uma convocação para os venezuelanos que vivem fora do país a se juntarem, no dia 9 de janeiro, véspera da posse do ditador Nicolás Maduro.
No X, Maria Corina publicou um vídeo no qual diz para os venezuelanos “apagarem as fronteiras” e pede para que estejam unidos:
“Nunca como hoje fomos todos chamados a unir-nos, a apagar as fronteiras que só os viram partir e a separar-nos uns dos outros e a desmembrar as nossas famílias (…) são anos de distância e de ausência”, afirmou.
Segundo a líder da oposição, não existe diferença entre “quem está dentro e quem está fora da Venezuela”.
O ditador Nicolás Maduro, contudo, promete intensificar a repressão a seus opositores.
Até mesmo fuzis russos foram entregues a milicianos para usarem contra quem se opuseram ao regime.
Além disso, Maduro instaurou um poder supremo nesta quarta-feira, 8, que concederá a ele ainda mais autonomia sobre as decisões das autoridades públicas.
Leia mais: Maduro ativa órgão político-militar contra opositores
A promessa de González
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, declarou nesta quarta-feira, 8, que seguirá “lutando até que a vontade do povo venezuelano seja respeitada“:
Ao lado de ministros das Relações Exteriores e ex-presidentes de países da América Latina, González afirmou:
“Muito obrigado por nos nomear como somos e continuaremos com esta luta até conseguirmos o respeito pela vontade do povo venezuelano”, disse.
González reuniu-se com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, cujo país tornou-se o décimo a reconhecê-lo como presidente eleito da Venezuela.
“As eleições foram abertamente roubadas , as atas foram roubadas, mas não tiveram a astúcia dos venezuelanos (…) que conseguiram resgatar a ata desde o momento da votação, cuja cópia será guardada em segurança num local muito seguro“, afirmou González.
Segundo Mulino, o Panamá reconhece a “legitimidade que Edmundo González representa“. O chefe de Estado panamenho expressou o “apoio moral e político” ao presidente eleito:
“Que a mão de Deus o proteja, isso é importante porque enfrentam um sistema que está longe de ser prudente, para dizer o mínimo”, afirmou.
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