María Corina agradece apoio “histórico das democracias mundiais”
Declaração conjunta de mais de 20 países denuncia perseguição a opositores e a fraude nas eleições de Maduro
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (foto), celebrou o apelo de mais de vinte e um países das Américas e da Europa (sem o Brasil) para a publicação imediata das atas eleitorais na Venezuela. O documento, assinado pelos governos desses países, se centra em denunciar a perseguição do ditador Nicolás Maduro a opositores.
“Hoje, os venezuelanos receberam apoio histórico das democracias mundiais”, escreveu María Corina no X.
“O respeito pelos direitos humanos, a libertação dos presos políticos e o forte apelo ao fim da repressão são essenciais para avançarmos na transição. O destino da Venezuela é a sua liberdade e contamos com o mundo democrático para alcançá-lo”, acrescentou.
Os 21 países das Américas e da Europa ainda solicitaram a autorização para regresso “urgente” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expulso pelo regime de Maduro ainda em fevereiro.
Eles exigiram também um salvo-conduto para garantir a possibilidade de exílio de seis perseguidos políticos que integram a campanha da oposição a Maduro.
Os seis estão refugiados na embaixada da Argentina, em Caracas, que, desde o início de agosto, passou à responsabilidade da diplomacia brasileira.
“Os relatos de detenções arbitrárias de venezuelanos sem o devido processo são alarmantes, razão pela qual exigimos a sua libertação imediata”, diz trecho do documento.
“Expressamos a nossa profunda rejeição à repressão dos manifestantes e à violência que custou a vida de muitos venezuelanos no contexto pós-eleitoral. Apelamos urgentemente às autoridades venezuelanas para que ponham fim à violência e libertem todos aqueles que foram detidos, incluindo representantes da oposição”, acrescenta.
Sobre as eleições presidenciais, os 21 países solicitam a “publicação imediata” das atas das urnas.
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“Solicitamos a publicação imediata de todos os registros originais e a verificação imparcial e independente destes resultados, de preferência por uma entidade internacional, para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano expressa nas urnas. Qualquer atraso neste acontecimento põe em causa os resultados publicados oficialmente em 2 de agosto de 2024″, diz.
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