“Malditas mentiras e clickbait”, diz porta-voz das FDI sobre manchetes da imprensa
“Agência de notícias palestina” citada pelo 'The New York Times' divulga, na verdade, a narrativa do “Ministério da Saúde de Gaza”, que, no mundo real, é o Hamas
Batya Ungar-Sargon, editora de Opinião da revista americana Newsweek, publicou o print de várias manchetes de veículos de comunicação dos Estados Unidos (foto) sobre o caso da morte de palestinos durante cerco a um comboio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e comentou:
“A nossa imprensa nacional é a estenógrafa dos terroristas. Ela simplesmente não consegue abandonar o Hamas, não importa quantas vezes acabem mentindo aos seus leitores ou deturpando os fatos.”
A postagem destaca as seguintes manchetes:
- The New York Times: “Em cena caótica de Gaza, muitos são mortos e feridos enquanto israelenses abrem fogo”. “A agência de notícias palestina informou que os tanques israelenses dispararam contra milhares de pessoas que esperavam por ajuda. Autoridades israelenses disseram que os moradores de Gaza foram pisoteados e atropelados por caminhões de ajuda.”
- CNN Internacional: “Carnificina em local de ajuda alimentar em Gaza em meio a tiros israelenses”;
- Wall Street Journal: “Forças israelenses disparam contra multidões que cercam caminhões de ajuda humanitária em Gaza”. “Incidente deixa dezenas de palestinos mortos e ameaça atrasar negociações de cessar-fogo”;
- Associated Press: “Tropas israelenses disparam contra palestinos em busca de comida. Israel diz que cena mortal foi uma debandada caótica”.
“Malditas mentiras”
Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, compartilhou a publicação e comentou em cima:
“Mentiras, malditas mentiras e clickbait.”
Clickbait é uma tática usada na Internet para gerar tráfego online por meio de conteúdos enganosos ou sensacionalistas.
A “agência de notícias palestina” citada pelo NYT divulga, na verdade, a narrativa do “Ministério da Saúde de Gaza”, que, no mundo real, é o Hamas, grupo terrorista que governa a região, que cometeu o massacre de 7 de outubro em território israelense, e cujo objetivo declarado é aniquilar Israel e os judeus.
E o Hamas?
Trechos das próprias matérias do jornal americano confirmam a origem do relato, embora continuem citando as fachadas do Hamas e omitindo o nome do grupo terrorista:
“O Ministério da Saúde de Gaza disse num comunicado que mais de 100 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas em um ‘massacre’.”
“As autoridades de Gaza afirmam que mais de 100 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas.”
A CNN Brasil seguiu a mesma linha, a partir da mesma fonte: “Israel abre fogo, mata ao menos 104 e fere centenas que esperavam por comida em Gaza”.
O Antagonista, por ora, publica os relatos sobre os acontecimentos com a mesma prudência que marcou a cobertura da Faixa de Gaza feita pelo portal, especialmente no episódio do hospital Al-Ahli, quando a imprensa embarcou na narrativa do grupo terrorista e depois teve de se retratar.
Comprovações
Até a manhã desta sexta-feira, 1º de março, nenhum dos veículos acima havia apresentado evidências de outras fontes, que não o Hamas, para corroborar o que destacaram ou sugeriram de antemão, sobretudo na relação entre mais de uma centena de mortos e tiros israelenses.
Tudo que ficar comprovado será publicado por O Antagonista, independentemente de qual lado saia beneficiado ou prejudicado, porque é assim que o jornalismo deve ser.
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