Mais de 40% dos latinos com Trump Mais de 40% dos latinos com Trump
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Mais de 40% dos latinos com Trump

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Alexandre Borges
5 minutos de leitura 15.03.2024 06:00 comentários
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Mais de 40% dos latinos com Trump

Pesquisas apontam um patamar de intenção de voto latino não atingido há duas década por um candidato do partido republicano

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Alexandre Borges
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Mais de 40% dos latinos com Trump
Foto: Casa Branca/Arquivo

O apoio crescente dos eleitores latinos para Donald Trump está sacudindo as fundações da coalizão eleitoral democrata, colocando o grupo no epicentro da batalha política que definirá o futuro presidente dos Estados Unidos.

Pesquisas recentes revelam um aumento significativo no apoio a Trump entre os latinos desde 2020, com alguns levantamentos apontando que mais de 40% desses eleitores poderiam favorecer o republicano, um patamar não atingido há duas década por um candidato do partido.

Os latinos representam cerca de 15% do eleitorado, desempenharão um papel crucial em distritos decisivos da Califórnia e em estados-chave como Arizona e Nevada, onde compõem cerca de um quarto dos votantes. As mudanças na lealdade dos eleitores latinos têm o potencial de alterar o equilíbrio de poder não apenas na disputa presidencial, mas também nas batalhas pelo controle do Senado e da Câmara.

Os esforços dos republicanos para conquistar os latinos estão em iniciativas como a Libre Initiative, financiada pelos irmãos Koch. A diversidade dentro do eleitorado latino, abrangendo desde trabalhadores da lei na fronteira até cubano-americanos na Flórida avessos ao socialismo, cristãos evangélicos e latinos de segunda e terceira geração mais assimilados, desafia as explicações simplistas.

A educação emerge como um divisor de águas, com Trump ganhando terreno principalmente entre os latinos sem diploma universitário. Nenhum partido americano pode se dar ao luxo de ignorar os eleitores brancos, negros, asiáticos e latinos. À medida que a luta pelo controle da Casa Branca se intensifica em estados com maior presença destes segmentos do eleitorado, fica evidente que a disputa será voto a voto.

Senador pede explicações ao TikTok sobre imigração ilegal

O senador republicano Eric Schmitt demandou explicações do TikTok e de sua empresa matriz, a ByteDance, com sede na China, acerca de vídeos na plataforma que instruem cidadãos chineses sobre como cruzar ilegalmente a fronteira sul dos EUA.

O senador citou uma matéria da CBS News que detalha como migrantes são instruídos a contratar contrabandistas e encontrar lacunas na fronteira, especialmente perto de San Diego. Este inquérito surge em um momento em que se observa um aumento significativo no número de cidadãos chineses que cruzam ilegalmente a fronteira sul dos EUA, com mais de 24.300 casos registrados no ano fiscal de 2023, um aumento expressivo em relação ao ano anterior.

O senador Schmitt expressou preocupações sobre a segurança nacional com a falta de moderação de conteúdos criminosos. Ele solicitou informações detalhadas sobre quando a ByteDance começou a perceber a presença de vídeos promovendo imigração ilegal em suas plataformas e quais esforços foram feitos para mitigar a propagação desses conteúdos. Além disso, ele questionou a comunicação da empresa com oficiais do governo chinês relacionada a travessias ilegais.

A controvérsia em torno do TikTok nos EUA não é novidade, com o aplicativo enfrentando investigação devido à sua origem chinesa. A câmara dos deputados dos EUA aprovou recentemente um projeto de lei exigindo que a ByteDance se desfaça do TikTok, a menos que a empresa seja adquirida por uma entidade não adversária dos EUA.

Em resposta, o TikTok afirmou que proíbe estritamente o contrabando humano em sua plataforma, removendo tais conteúdos e reportando-os às autoridades quando necessário. A empresa também destacou seu compromisso em fornecer um espaço para sobreviventes de exploração humana compartilharem suas histórias e para migrantes documentarem suas jornadas, afirmando que 93% do conteúdo relacionado ao tráfico humano foi removido proativamente.

Câmara dos EUA aprova projeto que pode banir TikTok

A câmara dos deputados dos EUA votou nesta quarta-feira, 13, pela aprovação de um projeto de lei que pode levar à proibição nacional do TikTok, um dos aplicativos de mídia social mais populares do mundo.

O projeto impediria o TikTok ser disponibilizado nas lojas online de aplicativos dos EUA, a menos que a plataforma, utilizada por aproximadamente 170 milhões de americanos, se desvincule de sua empresa matriz chinesa, ByteDance. Ainda não está claro qual será o futuro do projeto no Senado.

Apoiadores do projeto argumentam que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional, já que as leis de inteligência chinesas poderiam obrigar a ByteDance a entregar dados dos usuários americanos.

A medida encontrou resistência de várias frentes políticas: o ex-presidente Donald Trump, que anteriormente apoiava a proibição da plataforma, agora mostra-se hesitante em sua posição, enquanto democratas enfrentam pressão de jovens para os quais o TikTok é a plataforma de mídia social preferida. O TikTok e Pequim reagiram com indignação à votação, com o ministério das Relações Exteriores da China chamando-a de “ato de bullying”.

O TikTok lançou uma campanha de ação, instando seus usuários a contatarem deputados em Washington para se oporem ao projeto, levando a um tsunami de chamadas para vários escritórios do Congresso. O projeto daria à ByteDance cerca de cinco meses para vender o TikTok. Se não for vendido nesse período, seria ilegal para operadoras de lojas de aplicativos, como Apple e Google, disponibilizá-lo para download.

Em um raro momento de bipartidarismo, a medida avançou unanimemente pelo influente Comitê de Energia e Comércio da Câmara, e o presidente Joe Biden indicou que assinaria o projeto se ele chegasse à sua mesa.

Trump, apesar de ter apoiado pedidos para banir o app durante sua presidência, dá sinais de ter recuado dessa posição. Em uma publicação no “Truth Social” na semana passada, Trump expressou oposição à proibição, argumentando que se o TikTok saísse de cena, o Facebook se beneficiaria, enquanto atacava o CEO do Facebook e da Meta, Mark Zuckerberg, como um “Inimigo do Povo”.

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