Uma pesquisa recente do Pew Research Center revelou que 37% dos americanos com menos de 30 anos preferem consumir notícias através de influenciadores digitais.

O número, que reflete a crescente relevância das redes sociais, mostra como influenciadores sem ligação com veículos tradicionais têm conquistado espaço na formação de opinião pública. Entre esses influenciadores, a maioria se identifica com uma orientação política de direita, em contraste com a dominância tradicional da esquerda em veículos jornalísticos convencionais.

A pesquisa indica que, para jovens, esses influenciadores ajudam a entender melhor eventos atuais e questões cívicas, apresentando uma visão que consideram mais autêntica e diversificada do que as oferecidas por grandes conglomerados de mídia.

Outro ponto destacado foi a mudança na percepção sobre a segurança das eleições presidenciais de 2024. Após a vitória de Donald Trump, 72% dos eleitores republicanos disseram confiar na contagem de votos por correspondência, um salto significativo em relação aos 19% registrados em 2020. Já entre os eleitores democratas, o índice de confiança caiu levemente, refletindo um sentimento de desconfiança que agora atravessa linhas partidárias.

A percepção global sobre a democracia dos EUA continua em declínio. Em uma pesquisa realizada em 35 países, apenas 21% afirmaram que os EUA ainda são um exemplo a ser seguido. Entre os próprios americanos, 72% concordaram que o país deixou de ser referência em governança democrática.

Mais destaques de 2024

A pesquisa também trouxe insights sobre o envelhecimento populacional nos EUA e no mundo. Com uma expectativa de quadruplicar a população centenária nos próximos 30 anos, o país enfrenta desafios demográficos complexos, incluindo o aumento da diversidade entre os mais velhos. Em 2054, a proporção de centenários hispânicos e negros deve crescer, enquanto a de brancos diminuirá ligeiramente.

Adicionalmente, temas como o “ceticismo vacinal” e o impacto de questões geopolíticas, como o conflito Israel-Hamas, demonstram as profundas divisões culturais e geracionais na sociedade americana. Apenas 16% dos jovens americanos, por exemplo, apoiam o envio de ajuda militar a Israel, enquanto 56% dos mais velhos defendem essa medida.