Maduro volta a questionar sistema eleitoral do Brasil
Ditador da Venezuela diz que o Tribunal Superior Eleitoral “se incomodou” com o que chamou de “versão deturpada” de sua fala
O ditador Nicolás Maduro voltou a colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro e afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “se incomodou” com o que qualificou de “versão deturpada” de sua fala.
“O sistema eleitoral venezuelano é o sistema mais seguro que se conhece. Dezesseis auditorias. Que ninguém se incomode no mundo, porque esses dias disse em relação a um país e se incomodaram”, disse Maduro na noite de sábado, 27 de julho, durante ato com a presença de diplomatas convidados pelo regime.
“Mas eu disse uma verdade. Onde fazem 16 auditorias? Em nenhum lugar”, acrescentou.
O recuo tardio do TSE
Em nota divulgada na quarta-feira, 24 de julho, o TSE informou que desistiu de enviar técnicos para as eleições venezuelanas. A recusa ocorreu em razão das recentes mentiras do ditador Nicolás Maduro sobre o sistema eleitoral do Brasil.
Ao tentar defender a farsa eleitoral na Venezuela, o ditador —amigo das esquerdas da América Latina— aderiu à narrativa bolsonarista e disse que as urnas no Brasil não são auditadas.
A alegação de falta de auditoria já havia sido desmentida pelo TSE brasileiro em 2021, quando a corte eleitoral publicou um vídeo explicando o processo.
Perseguição
A campanha eleitoral venezuelana tem sido alvo de críticas em todo o mundo, com raríssimas exceções, como o Itamaraty do governo Lula. O assessor especial da Presidência Celso Amorim, que comanda a política externa brasileira, afirmou em entrevista na terça que a eleição na Venezuela é uma “ocasião de demonstrar que a democracia está consolidada e que não há razão para sanções“.
Após a decisão do TSE de não enviar observadores para a Venezuela, o Brasil tem como representante apenas Celso Amorim.
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