“Maduro roubou a eleição, mas em 6 meses Lula vai recebê-lo com honras”
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais deste domingo
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) criticou nesta segunda-feira, 29, a falta de um posicionamento crítico do governo brasileiro em relação à farsa eleitoral na Venezuela.
Como temos mostrado, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais deste domingo, 28 de julho, por 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas.
“Para a surpresa de um total de zero pessoas, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou a vitória de Maduro. Mesmo com diversas parciais mostrando a derrota do ditador, essa foi a decisão do CNE”, disse Kataguiri.
“Em poucas horas veremos a esquerda defender Maduro, não se surpreendam com isso também. Não precisa de vídeo mostrando opositores sendo sequestrados e assassinados, nem de relatos de deportação de observadores internacionais, muito menos de tantas gravações mostrando a tropa do Maduro roubando urnas”, acrescentou o parlamentar pelas redes sociais.
“Nada disso importa para quem não tem um pingo de humanidade e empatia pelo povo venezuelano. Maduro roubou a eleição (de novo), mas não vai dar 6 meses o Lula vai estar recebendo Nicolas Maduro, com todas as honras, em Brasília”, declarou.
O CNE declarou a vitória de Maduro apesar de boa parte dos diagnósticos prévios apontarem uma derrota do ditador venezuelano.
Uma pesquisa de boca de urna do instituto Edison com 6 mil eleitores, por exemplo, colocava Edmundo González na dianteira, com 65%, e Maduro em segundo, com 31%.
A eleição foi marcada por repressão a opositores tanto nos locais de votação quanto nas seções eleitorais e nas ruas.
Imagens divulgadas pela NTN24 mostram integrantes da Guarda Nacional Bolivariana e de diferentes grupos paramilitares ligados ao chavismo intimidando fiscais da oposição.
Durante a tarde, o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, que é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, convocou os chavistas para irem aos centros eleitorais, onde membros da oposição aguardavam a divulgação dos resultados locais.
No estado de Táchira, perto da Colômbia, motoqueiros chavistas armados — os “motorizados” — atiraram na direção de membros da oposição que estavam do lado de fora dos centros, aguardando os primeiros resultados. Uma pessoa morreu.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)