Maduro rejeita ideia de Lula sobre 2º turno na Venezuela
Ignorando a correção da Casa Branca, Maduro afirmou que "Biden deu uma opinião intervencionista sobre as questões internas da Venezuela"
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou, nesta quinta-feira, 15 de agosto, a ideia encabeçada por Lula e pelos governos de Colômbia e México sobre realizar um segundo turno das eleições presidenciais de 28 de julho.
Em pronunciamento à televisão estatal, Venezolana de Televisión, Maduro comentou o suposto endosso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à proposta.
Mais cedo nesta quinta, Biden respondeu a uma pergunta sobre o tema dizendo: “Eu apoio”.
A Casa Branca corrigiu o presidente na sequência. “[Biden] estava falando sobre o absurdo de Maduro e seus representantes não terem sido honestos sobre as eleições de 28 de julho”, disse a porta-voz da Presidência americana, Karine Jean-Pierre.
Ignorando a correção da Casa Branca, Maduro afirmou na televisão estatal: “Rejeito absolutamente que os Estados Unidos estejam tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela. Biden deu uma opinião intervencionista sobre as questões internas da Venezuela”.
26 ex-chefes de governo condenam ideia de Lula
Vinte e seis ex-chefes de Estado e de governo da América Latina e da Espanha criticaram a proposta de Lula para um hipotético segundo turno da eleição na Venezuela.
A iniciativa é do grupo Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (Idea).
As lideranças descreveram a sugestão do petista, elaborada com os governos de Colômbia e México, de “escandalosa”.
Leia também: Nova eleição? Lula e Amorim dão fôlego a Maduro
“Os ex-chefes de Estado e de Governo participantes da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (Grupo Idea) levantam a voz para salientar enfaticamente que é escandaloso para a comunidade das nações democráticas das Américas ver os governos de Brasil, Colômbia e México aderirem ao propósito do ditador Nicolás Maduro de permanecer no poder e até promover novas eleições na Venezuela”, diz a nota.
O grupo relembrou que a ditadura de Maduro violou os Acordos de Barbados, firmados em outubro com participação dos Estados Unidos para a realização de eleições limpas na Venezuela ao proibir a observação eleitoral e prender observadores.
Assim, segue a nota,…
Leia mais em Crusoé
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)