“Maduro mostra enorme covardia”, diz ex-presidente da Bolívia
“O último homem em pé para salvar a democracia na Venezuela é uma mulher: a indomável María Corina Machado”, disse Jorge 'Tuto' Quiroga
Vinte e nove ex-chefes de Estado e de Governo membros da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA) emitiram um comunicado sobre a convocatória de eleições presidenciais anunciadas pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, gerido pelo regime de Nicolás Maduro.
Os membros da organização salientaram que “eleições livres, justas, verificáveis e democráticas, respeitadoras do direito de voto, não podem ser realizadas enquanto persistir excluída do pleito a liderança legitimada através das eleições primárias, María Corina Machado”.
“Machado está constitucionalmente autorizada a exercer o voto e a ser eleita, por não ter sido objeto de processo criminal ou condenação definitiva e porque sua candidatura foi viabilizada pelo sufrágio primário e majoritário dos venezuelanos”, diz o comunicado.
O Grupo Ideia denuncia ainda que o regime procura “registrar candidatos da sua conveniência, chamados a validar a continuidade e a violação sistemática e generalizada dos direitos humanos prevalecentes no país”.
Jorge ‘Tuto’ Quiroga, ex-presidente da Bolívia e signatário da declaração, comentou sobre a questão, afirmando que “a situação hoje da Venezuela é mais complicada do que a de 2018” e que “o que Maduro mostra agora é uma enorme covardia e uma total falta de coragem democrática básica porque quer uma coroação sem a candidata que o povo escolheu, María Corina Machado”.
“O último homem em pé para salvar a democracia na Venezuela é uma mulher: a indomável María Corina Machado”, disse Jorge ‘Tuto’ Quiroga
Já o presidente do Brasil, amigo e apoiador de Nicolás Maduro, ao comentar o problema das eleições na Venezuela, debochou da situação de Maria Corina Machado, aproveitando para posar de de vítima: “Fui impedido de concorrer às eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei o outro candidato e [ele] disputou as eleições”, comentou.
Vitoriosa nas primárias da oposição em outubro, com quase 90% dos votos, mais de 2 milhões de eleitores, Maria Corina foi classificada como inelegível pela Suprema Corte venezuelana, subordinada a Maduro.
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