Maduro fecha hotéis que recebem Corina Machado e aliados
As razões pelas quais os estabelecimentos são fechados não são comunicadas aos responsáveis. Eles chegam, pedem documentos, revisam e fecham. Alguns recebem o horário de fechamento, que varia de um mês a três meses, e outros dizem que é um período indeterminado.
Uma entidade governamental arrecadadora de impostos fechou o hotel Hacienda, na cidade de Maracay, propriedade de familiares do candidato da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia, apoiado por Maria Corina Machado.
Uma placa que diz “Fechado” foi afixada na entrada do local, antes da recepção de González e da líder da oposição María Corina Machado, que realizarão neste sábado seu primeiro evento de massa naquela cidade.
O governo de Maduro também fechou dois hotéis em Maracaibo, um onde Machado se hospedou (Hotel Paseo) há duas semanas, e outro onde deu entrevista coletiva (Hotel Delicias) aos meios de comunicação na capital do estado de Zulia.
As razões pelas quais os estabelecimentos são fechados não são comunicadas aos responsáveis. Eles chegam, pedem documentos, revisam e fecham. Alguns recebem o horário de fechamento, que varia de um mês a três meses, e outros dizem que é um período indeterminado.
O regime, sem explicação, chegou ao ponto de confiscar equipamentos de som para comícios e prender os seus proprietários.
Com isso procuram evitar que empresas privadas ou particulares apoiem a candidata, que viaja de ponta a ponta do país pedindo apoio a Edmundo González Urrutia.
Maduro desqualificou a candidatura de Maria Corina, de sua substituta Corina Yoris e também impediu outros importantes líderes opositores de apresentarem sua postulação. Agora, Machado e a coalizão opositora que ela lidera apoiam um novo candidato substituto, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, de 74 anos.
Novas sabotagens de Maduro
Para minar qualquer chance de uma vitória da oposição, Maduro está tomando medidas drásticas para evitar que milhões de potenciais eleitores de oposição se registrem para votar.
O regime está impedindo que 4,5 milhões de venezuelanos no exterior com idade para votar se registrem para participar do processo eleitoral, assim como outras 5 milhões de pessoas dentro da Venezuela que mudaram de endereço ou chegaram à idade de votar. Cerca de 10 milhões de venezuelanos, em um país de 28 milhões de habitantes, não poderão votar.
Mesmo as “eleições” não sendo nem justas nem limpas, o repúdio a Nicolás Maduro e a força política de Maria Corina Machado fazem com que a oposição nutra esperança de vitória.
Vários líderes da oposição temer, porém, que, diante da possibilidade de perder, Maduro use algum pretexto como o conflito fronteiriço com a vizinha Guiana para cancelar as eleições.
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