Maduro é oficializado como candidato em “eleição” na Venezuela
As eleições sem transparência na Venezuela ocorrerão em 28 de julho, data que marca o nascimento de Hugo Chávez
Nicolás Maduro (foto) foi oficializado neste sábado, 16, como candidato do Partido Socialista Unidos da Venezuela (PSUV) nas eleições sem transparência no país, que ocorrerão em 28 de julho, dia que marca o nascimento de Hugo Chávez.
“Só há um desfecho: a vitória do povo em 28 de julho. Eles não foram capazes de nos parar, nem serão capazes de fazê-lo”, disse o ditador da Venezuela durante discurso em um ginásio de Caracas.
Maduro está no poder desde 2013 e enfrenta pressão internacional para permitir eleições livres e transparentes na Venezuela. O processo eleitoral no país, porém, tem sido turbulento, com a exclusão de praticamente todos os líderes da oposição.
Maria Corina Machado, 56 anos, ex-deputada e a maior liderança da oposição, foi declarada inabilitada pelo regime ditatorial de Maduro.
Vitoriosa nas primárias da oposição em outubro, com quase 90% dos votos, ou mais de 2 milhões de eleitores, ela foi classificada como inelegível pela Suprema Corte venezuelana em janeiro, num processo eivado de evidentes irregularidades e denunciado por órgãos internacionais.
O ditador também anunciou recentemente a expulsão de funcionários da agência da ONU de direitos humanos do país. Em outra medida, mandou tirar do ar o sinal do canal alemão Deutsche Welle. A emissora havia veiculado denúncias contra o alto escalão do regime.
Ouça também o podcast Latitude desta semana, que entrevista o advogado Alí Daniels, especialista em direitos humanos e codiretor da ONG Acesso à Justiça, em Caracas.
Na conversa com Duda Teixeira, Daniels explica que a imagem de Chávez não deve trazer muitos votos para Maduro.
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