O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), anunciou a cessão de um terreno de 180 mil hectares ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

A área, maior que a cidade de São Paulo, fica no estado de Bolívar, na fronteira com Roraima, e será utilizada para produção agropecuária e recuperação ambiental.

A entrega faz parte do projeto agrícola chamado “Pátria Grande do Sul” e foi oficializada em um evento transmitido ao vivo na quinta-feira, 15. 

Segundo Maduro, o MST produzirá alimentos como mandioca, inhame, feijão e carne bovina, além de atuar na recuperação de áreas degradadas. 

“Esse pode ser considerado o maior projeto de produção agroecológica dirigido por movimentos campesinos da América do Sul”, afirmou o ditador.

No evento, militantes do MST apareceram ao lado de líderes chavistas. “Estamos aqui reafirmando o compromisso do MST com o povo venezuelano”, disse Rosana Fernandes, representante do movimento.

Relação com o Brasil

O anúncio foi feito um dia após o governo do presidente Lula firmar um acordo de cooperação técnica em agricultura com a Venezuela.

O Ministério das Relações Exteriores, porém, negou qualquer relação entre os dois fatos e afirmou que o memorando publicado no Diário Oficial da União no dia 12 estabelece apenas uma intenção de intercâmbio entre os países, sem implementação imediata de projetos.

A parceria entre o MST e o chavismo não é nova. Em 2014, um acordo semelhante entre o governo venezuelano e o movimento brasileiro já havia gerado questionamentos da oposição no Congresso Nacional.

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