Maduro acusa chefe da diplomacia da UE de apoiar golpe na Venezuela
O regime do ditador classificou como “suja” a declaração do chefe da diplomacia europeia sobre a situação na Venezuela
O regime do ditador Nicolás Maduro classificou como “suja” a declaração do alto representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores, Josep Borrell sobre a situação na Venezuela. Como mostramos, o diplomata espanhol reafirmou que o bloco europeu não reconhecerá a eleição de Maduro, marcada por fraude em 28 de julho.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que a fala do representante europeu representa um apoio a um golpe de Estado na Venezuela.
Disse ainda que a declaração “afunda novamente esse bloco [UE] em uma lama putrefata” e demonstra o “ódio” de Borrell que “sob instruções dos Estados Unidos, pretende mostrar sua conduta intervencionista e neocolonial, apoiando um golpe de Estado fascista na Venezuela”.
Na sexta-feira, 23 de agosto, Borrell afirmou que, enquanto não for apresentado um “resultado verificável” da eleição de 28 de julho, a União Europeia não irá reconhecer a vitória de Maduro.
“Nós seguimos dizendo que tem que provar esse resultado eleitoral. E até o momento não vimos nenhuma prova. Ninguém viu as atas eleitorais, que o Conselho Nacional Eleitoral deve mostrar, deve mostrar qual é esse resultado”, disse Borrell à imprensa.
No dia anterior, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
Borrell, que já havia sido atacado por Maduro, entende que as atas eleitorais mostrariam, de fato, uma vitória da oposição liderada por Edmundo González, que teria vencido com ampla maioria dos votos. “Já deveria ter feito, tempo teve”, disse o diplomata.
Maduro uniu o mundo contra a fraude eleitoral
Governos de onze países anunciaram na sexta-feira que não reconhecerão a eleição de Maduro, ao menos sem a apresentação das atas das urnas, que comprovariam a farsa.
Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai emitiram um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura.
Na carta, os países signatários reiteraram que “apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos” poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
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